O Congresso dos Estados Unidos adotou nesta quinta-feira o plano de apoio do presidente Barack Obama aos rebeldes sírios para ajudá-los a combater os jihadistas do Estado Islâmico (EI) no norte da Síria.
Por 78 votos contra 22, o Senado adotou nesta quinta a estratégia contra os jihadistas apresentada por Obama na semana passada e aprovada na véspera pela Câmara de Representantes.
Obama agradeceu ao Congresso por sua "rapidez e seriedade" em aprovar o plano de apoio aos rebeldes moderados na Síria contra o Estado Islâmico.
"Estou feliz de que o Congresso - a maioria dos democratas e a maioria dos republicanos -, na Câmara e no Senado, tenha votado em apoio ao elemento-chave de nossa estratégia".
O plano dá carta branca ao Pentágono para equipar e treinar os rebeldes sírios e determina que o Executivo apresente ao Congresso, a cada 90 dias, um relatório sobre sua execução, incluindo o número de combatentes formados e os grupos sírios beneficiados com treinamento, armas e equipamentos.
O projeto não prevê créditos adicionais para financiar a operação e destaca que não é uma autorização para envolver militares americanos no conflito.
Obama saudou a decisão dos franceses de participar dos bombardeios no Iraque, ao citar o anúncio do presidente François Hollande, e disse que a França "é um aliado sólido" nos esforços dos Estados Unidos contra o terrorismo.
Hollande autorizou a participação francesa em operações aéreas contra alvos da organização jihadista que proclamou um califado em territórios do Iraque e da Síria.
Nos últimos dias, Obama pressionou o Congresso com o objetivo de conseguir a cobertura política para iniciar uma ação militar na Síria contra o EI, embora a Casa Branca e muitos legisladores acreditem que o presidente tem a autoridade constitucional para realizar ataques aéreos na Síria, como fez no Iraque, para defender os interesses de segurança nacional.
Apesar do aval do Congresso, muitos republicanos acreditam que o plano de Obama é insuficiente para alcançar o objetivo de degradar e destruir o grupo Estado Islâmico, que invadiu grandes faixas territoriais do Iraque e da Síria.