As forças curdas e as milícias xiitas que as apoiam encontraram nesta sexta-feira um cemitério clandestino na cidade de Suleiman Bek (norte do Iraque) com os corpos de 35 pessoas que foram mortas a tiros, disse à Agência Efe uma fonte de segurança da província de Saladino.
Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal da cidade de Kirkuk, a 250 quilômetros ao norte de Bagdá, para serem identificados, já que estão em um estado avançado de decomposição.
O Exército iraquiano e as forças curdas ("peshmergas") recuperaram na segunda-feira passada o controle de Suleiman Bek, na província de Saladino, depois de mais de dois meses de ocupação por parte dos jihadistas do Estado Islâmico (EI).
No dia 10 de junho o EI tomou o controle de Mossul, segunda maior cidade do país, e a partir de então continuou com sua conquista rumo a outras regiões no norte do país, declarando um califado nos territórios da Síria e do Iraque sob seu domínio.
Novos ataques americanos
As forças militares dos Estados Unidos lançaram nesta sexta-feira quatro ataques aéreos contra as posições do Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque tanto nas proximidades da represa de Mossul, como perto de Erbil, capital do Curdistão.
Segundo informou o Comando Central americano, os ataques realizados com caças e aviões não tripulados, destruíram três posições de morteiros do EI, um posto de observação, um veículo Humvee, um veículo armado e um caminhão.
Com os desta sexta-feira, já são 131 bombardeios feitos por parte das forças americanas em território iraquiano, dentro da operação que começou no dia 8 de agosto contra o EI nesse país.
Os EUA continuaram com os ataques apesar do recente assassinato do jornalista americano Steven Sotloff, decapitado por um membro do EI em uma gravação divulgada esta semana pelos terroristas como consequência da ofensiva americana contra suas posições.
Os extremistas ameaçaram executar Sotloff há apenas duas semanas quando publicaram a decapitação do também jornalista americano James Foley, com a segunda execução advertiram que matariam um cidadão britânico.
Os EUA estão construindo uma coalizão internacional para lutar contra os extremistas, que deu passos esta semana dentro da cúpula da Otan realizada no País de Gales.