As forças curdas iraquianas anunciaram que retomaram o controle da maior hidrelétrica do Iraque, nesta segunda-feira, embora um funcionário da usina tenha dito que os combatentes do Estado Islâmico ainda dominavam a barragem, segundo a agência de notícia Reuters.
Os Estados Unidos participaram dos ataques a posições do Estados Islâmico perto da represa, segundo o Pentágono, permitindo que as forças iraquianas e curdas manobrasem a operação conta os militantes islâmicos.
De acordo com a agência AFP, a central hidroelétrica pode abastecer com até 1.010 megawatts de eletricidade, de acordo com a Comissão de Estado iraquiano para as represas e as reservas, citada pela BBC. Um relatório de 2007 dos Estados Unidos, no entanto, afirma que sua potências era de 750 megawatts para abastecer 675.000 lares.
A represa foi um grande projeto do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein e é a quarta maior da região do Oriente Médio, segundo um estudo de investimento apresentado em 2010 ante a Organização para a Cooperação e Desenvolvendo Econômicos (OCDE).
Desde sua inauguração, sofre um problema estrutural que a fez ser considerada "a represa mais perigosa do mundo", em um relatório do corpo de engenheiros do Exército americano (ACE) de 2007. Altos dirigentes americanos alertaram para o risco de catástrofe se a represa romper, o que poderá provocar uma onda de 20 metros.
A tomada da hidrelétrica de Mossul, pelos extremistas no início de agosto causou temor entre os iraquianos de que o grupo poderia cortar a electricidade e a água, ou até mesmo explodir a estrutura, ameaçando um grande números de civis, funcionários e instalações americanas - incluindo a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá -.
Autoridades iraquianas saudaram o que eles classificaram de vitória estratégica contra os extremistas e anunciaram que o próximo objetivo é recuperar Mossul, a maior cidade do norte do Iraque.