O bloco político curdo não participará mais do governo nacional do Iraque em protesto contra a acusação do primeiro-ministro Nuri al-Maliki de que o governo curdo estava abrigando insurgentes islâmicos em sua capital, disse o ministro de Relações Exteriores nesta sexta-feira.
“Nós suspendemos nossos negócios no governo”, disse o ministro Hoshiyar Zebari, que é curdo.
Os curdos disseram na quinta-feira que cancelariam sua participação em reuniões de gabinete. Mas Zebari declarou à Reuters que os ministros curdos estavam agora suspendendo o seu envolvimento no dia a dia nos ministérios de Relações Exteriores, Comércio, Imigração e da Saúde, além do cargo de vice-premiê.
Zebari disse que os curdos continuarão a frequentar o Parlamento, eleito em 30 de abril e que está buscando formar um novo governo em meio a uma insurgência sunita que tomou o controle de parte do território no norte e oeste do Iraque.
Na quarta-feira Maliki declarou que os curdos estavam permitindo que insurgentes do Estado Islâmico (EIIL), uma ramificação da Al Qaeda, mantivessem bases em Arbil.
Zebari disse que o Iraque corre o risco de um colapso se um novo governo inclusivo não for formado em breve, já que “o país está agora dividido literalmente em três Estados: os curdos, o EIIL e Bagdá".
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Ele instou os blocos políticos do Iraque a formarem um governo rapidamente. “Há a necessidade de todos os líderes trabalharem juntos e recriarem um novo Iraque, construírem um Iraque federal baseado nos princípios constitucionais".
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Fotos publicadas na internet indicam que dezenas de membros do Exército iraquiano capturados foram executados por terroristas do Estado Islâmico no Iraque e Levante (EIIL)
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN
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As fotos, disponibilizadas pelo próprio grupo, foram obtidas por agências de notícias, mas não puderam ter sua autenticidade comprovada.
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN
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Os insurgentes dizem ter tirado as fotos, publicadas no Twitter, na província de Saladino, ao norte da capital Bagdá.
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN
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Os jihadistas indicam na legenda de uma das fotos que executaram centenas de soldados. Nas fotos analisadas pela AFP, aparecem dezenas de cadáveres
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN
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De terça-feira a quinta-feira, os jihadistas tomaram a segunda maior cidade do Iraque, Mossul, sua província (Nínive, norte), Tikrit e outras regiões da província de Saladino, além de outros setores nas províncias de Diyala (no leste) e Kirkuk (no norte).
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN
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As forças de segurança, que se retiraram em debandada diante do avanço dos extremistas, parecem, no entanto, estar se recuperando, e no sábado tomaram as localidades de Ishaqi e Muatasam, na província de Saladino, perto de Bagdá.
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN
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No sábado já haviam sido encontrados os corpos carbonizados de 12 policiais na cidade de Ishaqi, ao norte de Bagdá.
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN
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