Pelo menos 10 pessoas morreram no Iraque neste domingo, seis delas integrantes de uma mesma família muçulmana sunita, indicaram fontes médicas e de segurança.
O Iraque, que deve eleger um novo Parlamento em menos de um mês, sofre atualmente com uma onda de violência sem precedentes desde 2008.
Insurgentes mataram seis muçulmanos sunitas em Latifiyah, no sul da província de Bagdá, uma zona chamada anteriormente de "triângulo da morte" devido ao número de sequestros e assassinatos cometidos nos piores momentos dos confrontos que deixaram dezenas de milhares de mortos em 2006-2007.
Fontes médicas e de segurança forneceram o mesmo balanço, dando versões diferentes acerca da maneira pela qual as vítimas morreram.
Dois funcionários afirmaram que os seis membros de uma mesma família haviam sido espancados até a morte, enquanto outras autoridades informaram que seis homens sunitas foram sequestrados em diferentes casas, antes de serem abatidos.
Nas províncias de Kirkuk, Salahadin e Nínive, no norte do Iraque, vários ataques custaram a vida de quatro pessoas. Seis insurgentes morreram.
O descontentamento da minoria sunita e o conflito na Síria alimentam há um ano o aumento da violência, que deixou mais de 2.400 mortos em ataques diários durante o ano, segundo um balanço da AFP.
Com a aproximação das eleições legislativas, previstas para o dia 30 de abril, o primeiro-ministro Nuri al-Maliki e outros funcionários xiitas buscam mostrar sua firmeza, em vez de iniciar o diálogo com os sunitas, como recomendam especialistas e diplomatas.