Encontro de Dilma e Obama abafa escândalo de espionagem

Presidentes manterão uma reunião na manhã de terça e depois darão uma entrevista conjunta à imprensa às 13h05

30 jun 2015 - 08h47
(atualizado às 09h13)
Obama e Dilma no memorial de Martin Luther King em Washington. 29/06/2015
Obama e Dilma no memorial de Martin Luther King em Washington. 29/06/2015
Foto: Kevin Lamarque / Reuters

A presidente Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vão se reunir na Casa Branca nesta terça-feira (30) durante uma visita destinada a fortalecer os laços econômicos e deixar para trás um escândalo de espionagem.

Os dois líderes manterão uma reunião pela manhã no Salão Oval e depois darão uma entrevista conjunta à imprensa às 13h05 (horário de Brasília), segundo a Casa Branca.

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Dilma originalmente havia aceitado o convite de Obama para uma visita de Estado formal em outubro de 2013, mas cancelou a viagem após as revelações de Edward Snowden de que os Estados Unidos haviam espionado Dilma e outros brasileiros.

Não havia nenhum sinal de tensão remanescente quando Dilma chegou a Washington na segunda-feira. Obama a recebeu com um abraço, depois a levou em seu comboio a uma visita inesperada ao memorial em homenagem ao líder da defesa dos direitos civis nos EUA Martin Luther King Jr.

"Esta é a pedra de esperança", disse Obama a Dilma, e apontou as citações mais famosas de King inscritas na parede do monumento.

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Os dois líderes se reuniram, em seguida, em um jantar de trabalho na Casa Branca, em mais uma evidência de que deixaram para trás o caso da espionagem dos EUA.

"Obviamente, nós reconhecemos que a relação EUA-Brasil passou por uma fase turbulenta após as divulgações relacionadas a atividades de inteligência dos Estados Unidos, dois anos atrás", disse Ben Rhodes, vice-conselheiro de segurança nacional de Obama.

"No entanto, nós fizemos uma avaliação muito exaustiva dessas atividades, e trabalhamos duro, em conjunto com o governo brasileiro, para tratar de várias preocupações, e mais importante ainda, para começar um novo capítulo em nossa relação bilateral", disse Rhodes a repórteres em uma teleconferência antes da visita.

A viagem é particularmente importante para o Brasil, que está em meio a uma forte desaceleração econômica e um enorme escândalo de corrupção. Dilma quer atrair mais investimentos dos Estados Unidos para o país e financiamento para projetos de infraestrutura. [nE5N0W502C]

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Depois de Washington, ela irá ao Vale do Silício para se reunir com executivos de Google, Apple e Facebook.

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