O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira que considera "inevitável" haver vítimas civis na atual ofensiva contra o Hamas em Gaza, mas responsabilizou o movimento islamita por essas mortes.
"Lamentamos cada vítima civil, mas elas são responsabilidade do Hamas, que lança foguetes contra nossas cidades, e o faz a partir de locais onde há civis: hospitais, escolas, mesquitas", disse Netanyahu em entrevista concedida à emissora francesa i-Télé.
Para Netanyahu, o Hamas comete um duplo crime de guerra, ao "apontar contra civis e se esconder atrás deles, e esperar que o mundo condene Israel por ter lançado essa intervenção legítima de autodefesa", em alusão à operação "Limite Protetor", que começou em 8 de julho.
Os últimos dados das Nações Unidas indicam que desde que começou a ofensiva israelense em Gaza 1.843 palestinos morreram, 85% deles civis, enquanto do lado israelense foram 64 soldados e dois civis mortos.
"É inevitável que haja vítimas civis", disse Netanyahu. "É certo que é um massacre, mas é consequência da atuação do Hamas. Israel está em uma posição de autodefesa. Nós apontamos contra alvos militares e terroristas e se civis morrem é por acidente".
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1º de agosto- palestinos carregam o corpo de uma criança e de um adulto mortos em um ataque israelense contra um edifício na Faixa de Gaza
Foto: Adel Hana
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1º de agosto - militar israelense caminha próximo a tanques que avançam em direção à Gaza
Foto: Tsafrir Abayov
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1º de agosto - crianças palestinas recebem tramento médico em um hospital de Rafah, no sul da Faixa de Gaza
Foto: Eyad Baba
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1º de agosto - palestinos carregam o corpo de um menino encontrado morto durante ofensiva israelense na vila de Khuzaa, no sul de Gaza
Foto: Khalil Hamra
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1º de agosto - soldado israelense aponta sua arma contra manifestantes pró-Palestina em Gaza
Foto: Nasser Shiyoukhi
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1º de agosto - um jovem palestino carrega os pertences que sobraram após uma ataque do exército israelense contra sua casa em Gaza
Foto: Lefteris Pitarakis
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28 de julho - um menino palestino segura uma arma de brinquedo durante um protesto contra a ofensiva israelense em Gaza, em Jerusalém
Foto: Ammar Awad
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28 de julho - pessoas se reúnem ao redor do corpo de uma vítima palestina, morta durante um ataque israelense, em Gaza
Foto: Ibraheem Abu Mustafa
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28 de julho - um veículo militar isarelense volta à Israel após cruzar a fronteira em direção à Gaza
Foto: Baz Ratner
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28 de julho - crianças palestinas carregam armas de brinquedo em manifestações realizadas em Jerusalém contra Israel
Foto: Ammar Awad
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28 de julho - uma mulher palestina beija o túmulo do filho, vítima da ofensiva israelense, no norte de Gaza
Foto: Suhaib Salem
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26 de julho - prédios em Gaza são destruídos após ataque israelense
Foto: Ronen Zvulun
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22 de julho - mísseis israelenses atingem regiões da Faixa de Gaza, matando dezenas de pessoas
Foto: Hatem Moussa
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22 de julho - palestinos carregam o corpo de um homem envolvido em uma bandeira do Hamas durante um funeral em Rafah, sul da faixa de Gaza
Foto: Eyad Baba
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22 de julho - prédios de Gaza são destruídos por mísseis israelenses
Foto: Hatem Moussa
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22 de julho - um palestino observa partes destruídas da Torre Al-Shalam (Torre da Paz) atingida por mísseis israelenses em Gaza
Foto: Lefteris Pitarakis
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22 de julho - chamas se espalham entre prédios após ofensiva israelense no bairro de Shijaiyah, na Faixa de Gaza
Foto: Khalil Hamra
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21 de julho - em forma de respeito à vítima, palestinos depositam cobertores e peças de roupa no local de sua morte, em Gaza
Foto: Hatem Moussa
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21 de julho - jornalistas fotografam os corpos de seis membros de uma mesma família mortos em um ataque de Isarel, no hospital Shifa, em Gaza
Foto: Khalil Hamra
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21 de julho - palestinos rezam próximo aos corpos de 17 pessoas de uma mesma família envolvidos pela bandeira do grupo Hamas
Foto: Hatem Ali
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16 de julho - um homem palestino chora enquanto segura no necrotério do hospital Shifa o corpo de seu irmão mais novo, morto em um bombardeio israelense em Gaza
Foto: Oliver Weiken
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15 de julho - palestinos são fotografados próximos a uma casa destruída por um ataque israelense, em Rafah, no sul de Gaza
Foto: Lefteris Pitarakis
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15 de julho - tanques e tropas israelenses se concentram próximo à Faixa de Gaza
Foto: Baz Ratner
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15 de julho - uma unidade de artilharia móvel israelense dispara em direção à Faixa de Gaza
Foto: Nir Elias
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14 de julho - palestinos apagam incêndio causado por um ataque aéreo israelense em uma casa em Rafah, no sul da Faixa de Gaza
Foto: Ibraheem Abu Mustafa
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14 de julho - um menino palestino caminha entre os escombros de uma casa destruída por mísseis israelenses
Foto: Ibraheem Abu Mustafa
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10 de julho - soldados israelenses dirigem um tanque em direção à fronteira entre Israel e Gaza, aumentado os temores da realização de um ataque terrestre
Foto: Ariel Schalit
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9 de julho - tanques israelenses são conduzidos até uma área de recolhimento, perto da fronteira entre Israel e Gaza
Foto: Ariel Schalit
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9 de julho - palestina chora a morte de familiares vítimas de foguetes lançados por Isarel, na Faixa de Gaza
Foto: AP
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9 de julho - palestinos carregam o corpo de um homem morto durante um ataque com mísseis de Israel na cidade de Beit Hanoun
Foto: Khalil Hamra
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9 de julho - uma bola de fogo explode no céu instantes após um míssil israelense atingir um campo de refugiados de Rafah, no sul da Faixa de Gaza
Foto: AP
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9 de julho - céu é encoberto por fumaça causada por explosão de míssil israelense na Faixa de Gaza
Foto: Ariel Schalit
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9 de julho - uma mulher palestina foge junto dos filhos após um ataque aéreo israelense em uma casa em Gaza
Foto: Majdi Fathi
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8 de julho - mísseis disparados por Israel contra uma ofensiva do Hamas atingem regiões da cidade de Rafah, na Faixa de Gaza
Foto: Eyad Baba
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8 de julho - palestinos vasculham os destroços de um veículo após um ataque aéreo israelense no norte da Faixa de Gaza
Foto: Adel Hana
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8 de julho - vítimas dos foguetes lançados por Israel tentam resgatar alguns pertences após uma investida do exército israelense
Foto: Khalil Hamra
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8 de julho - palestinos tantam recuperar alguns pertences após terem suas casas destruídas pela ofensiva israelense
Foto: Khalil Hamra
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8 de julho - palestinos observam destroços de uma casa bombardeada por Israel
Foto: Khalil Hamra
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8 de julho - mísseis disparados por Israel contra uma ofensiva do Hamas atingem regiões da cidade de Rafah, na Faixa de Gaza
Foto: Ibraheem Abu Mustafa
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8 de julho - palestinos observam o destroços de uma casa atingida por um foguete israelense
Foto: Ibraheem Abu Mustafa
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8 de julho - um míssil é lançado por uma bateria de "Iron Dome" (sistema de defesa de mísseis de curto alcance projetado para interceptar e destruir foguetes e bombas de artilharia), no sul da cidade israelense de Ashdod, vizinha a Faixa de Gaza
Foto: David Buimovitch
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8 de julho - Uma mulher palestina é vista no meio de destruição, após um ataque militar israelense na cidade de Gaza
Foto: Mahmud Hams
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8 de julho - Uma coluna de fumaça sobe a partir de edifícios, na sequência de um ataque aéreo israelense na Cidade de Gaza. Ataques israelenses mataram pelo menos 13 palestinos e deixaram outros 80 feridos
Foto: Moez Salhi
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8 de julho - palestinos observam os destroços e destruição após bombardeios israelenses, na Faixa de Gaza
Foto: Reuters
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Segundo o primeiro-ministro israelense, os integrantes do movimento islamita apontam "deliberadamente" contra alvos civis israelenses, e são eles que cometem crimes de guerra ao utilizar cidadãos como escudos humanos.
"A maior tirania em Gaza vem do fato de ter sido tomada como refém pelo Hamas", disse Netanyahu, que definiu o grupo como uma "organização terrorista que deseja matar" os israelenses "e seu próprio povo".
Ele advertiu que se o Hamas voltar a atacar a Israel, seu país "disparará contra o que disparar contra ele", e assinalou que essa batalha afeta também outros países, porque "se não forem solidários, é questão de tempo que a peste do terrorismo" vá em direção aos outros.
Netanyahu ressaltou que a paz será alcançada no dia em que "os palestinos reconhecerem o Estado de Israel", e se defendeu das críticas lançadas por parte da comunidade internacional e da opinião pública contra a atual ofensiva.
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"As pessoas não conhecem a verdade. A verdade é que Israel é uma democracia que teve imposta uma guerra contra um inimigo particularmente cruel que não obedece a nenhuma lei", criticou Netanyahu.
Conheça um pouco mais sobre a região, que tem um quarto do tamanho do município de São Paulo, mas uma enorme importância para a história do Oriente Médio