EI destruiu 290 obras consideradas Patrimônio Cultural

ONU afirma que estruturas de milhares de anos viraram pó

23 dez 2014 - 11h31
(atualizado às 11h32)
Combatente rebelde sírio dispara míssil de longa distância Grad contra forças do presidente Bashar Al-Assad na cidade de Jableh, na província de Latakia. 04/12/2014
Combatente rebelde sírio dispara míssil de longa distância Grad contra forças do presidente Bashar Al-Assad na cidade de Jableh, na província de Latakia. 04/12/2014
Foto: Alaa Khweled / Reuters

Além das milhares de mortes causadas pela atuação do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), a Organização das Nações Unidas (ONU) relatou outro dano causado pelos extremistas: a destruição do patrimônio cultural sírio.

Segundo um relatório divulgado pela entidade, fotos tiradas por satélites mostram danos, principalmente, nas cidades de Aleppo e Palmira. "Regiões como Aleppo, onde há assentamentos humanos há mais de sete mil anos, Damasco, Krak dos Cavaleiros, Raqqa e Palmira sofreram danos importantes", afirmou em comunicado.

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O estudo analisou 18 zonas e encontrou 290 sítios arqueológicos atingidos. Desses, 24 foram destruídos completamente, 104 tem danos importantes, 84 foram parcialmente danificados e 77 podem ter sofrido ataques. Dessas 18 zonas, seis estão na lista de Patrimônios Mundiais da Unesco.

A ONU pede que a comunidade internacional aja rapidamente para salvar e proteger o mais rápido possível esse patrimônio da humanidade. Apesar de não citar em seu relatório, os extremistas também causam grande destruição de estruturas históricas no Iraque.

Em julho, eles explodiram a Mesquita de Jonas, local sagrado tanto para cristãos como para os muçulmanos, que tinha mais de 700 anos de construção. Em setembro, a agência de notícias Mena informou que eles destruíram a Igreja Verde de Tikrit, que tinha mais de sete séculos de construção, e a sinagoga Fort Shrine, construída em 638 d.C.

Fonte: ANSA Brasil
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