EI lança ataques para tentar ganhar terreno em Kobani

Kobani é um dos três principais redutos dos curdos no norte da Síria e vem sendo alvo de investidas dos extremistas desde 16 de setembro

15 out 2014 - 10h05
Fumaça é vista na cidade de Kobani, palco de confrontos entre curdos e jihadistas
Fumaça é vista na cidade de Kobani, palco de confrontos entre curdos e jihadistas
Foto: Kai Pfaffenbach / Reuters

O grupo radical Estado Islâmico (EI) lançou nesta quarta-feira vários ataques para tentar ganhar terreno a partir do lado leste da cidade curdo-síria de Kobani, na fronteira com a Turquia, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

O EI tenta progredir a partir do mercado de verduras de Al Hal e da parte oeste de um complexo governamental de segurança, cujo controle foi tomado na semana passada, ambos na metade leste da cidade.

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Nessas áreas acontecem choques entre os jihadistas e as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG, sigla em língua curda).

Por outro lado, aviões da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos sobrevoaram nesta manhã a cidade, mas não efetuaram nenhum bombardeio.

Kobani é um dos três principais redutos dos curdos no norte da Síria e vem sendo alvo de investidas dos extremistas desde 16 de setembro.

Segundo o OSDH, o EI tem em seu poder quase metade da cidade, porém, as autoridades curdas garantem que os extremistas controlam menos de 30% de Kobani.

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Ontem, o presidente dos EUA, Barack Obama, se mostrou "profundamente preocupado" com a ameaça do EI em Kobani e descreveu a ofensiva contra os jihadistas como uma campanha "de longo prazo", que incluirá "avanços e retrocessos".

"Neste momento, estamos focados nos combates na província de Al Anbar no Iraque e estamos profundamente preocupados pela situação dentro e nos arredores da cidade síria de Kobani, o que ressalta o desafio que o Estado Islâmico representa tanto no Iraque como na Síria", disse Obama.

"Os ataques aéreos da coalizão continuarão nessas duas regiões", acrescentou o presidente americano após uma reunião com o chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, o general Martin Dempsey, e comandantes militares do alto escalão de 21 países para tratar a estratégia contra os radicais.

Desvendando o Estado Islâmico

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