A organização jihadista Wilayat Sina (Província do Sinai), ramo do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no Egito, reivindicou nessa sexta-feira em comunicado publicado no Twitter o lançamento de três mísseis Grad a Israel, que não causou vítimas.
Na nota, o grupo extremista afirmou ter lançado esses mísseis contra "as colônias judaicas na Palestina ocupada como resposta aos seus repetidos crimes, o último (deles), seu apoio aos apóstatas (em alusão ao exército egípcio) na conquista do Sheikh Abu Suhaib al Ansari", em referência à operação de quarta-feira, em que Wilayat Sina atacou a península egípcia do Sinai.
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Nesse dia a organização jihadista, anteriormente conhecida como Ansar Beit al Maqdis, realizou uma série de atentados em diversos pontos do Sinai que, junto com os confrontos com as forças armadas egípcias que se seguiram, deixou pelo menos 60 mortos segundo fontes de segurança. O exército egípcio afirmou que houve 17 baixas entre os militares e 100 entre os jihadistas.
Anteriormente, a Brigada do Xeque Omar Hadid, grupo armado de Gaza associado ao EI, reivindicou a autoria do lançamento de um foguete contra Israel, que atingiu esta tarde um campo aberto perto da fronteira com o Egito sem causar vítimas nem danos.
"Passadas as 16h20 (10h20 em Brasília) um projétil caiu na região de Eshkol (próximo ao Egito e da Faixa de Gaza), em um terreno aberto e sem causar danos", assinalou uma porta-voz militar israelense que destacou que o incidente está sendo investigado.
Após os atentados e enfrentamentos de quarta-feira, o exército israelense aumentou sua presença na fronteira e deslocou veículos blindados para a região, controlada por meio de aviões de vigilância não tripulados, e nesta manhã fechou a estrada 12, que passa pelo sul de Israel paralelamente à fronteira.
O Egito, por sua vez, declarou a província do Norte do Sinai zona de exclusão militar e impôs o toque de recolher na região.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou esta semana sua preocupação com a presença nas proximidades dos limites territoriais norte e sul do país (com a Síria e com o Egito, respectivamente) de grupos ligados ao EI.