EI treina mais de 400 crianças para combate na Síria

Vídeos difundidos nas redes sociais mostram crianças carregando escopetas, disparando e rastejando no chão em treinamento de guerrilha

24 mar 2015 - 16h12
(atualizado às 18h04)
<p>Em vídeo, espião israelense é morto com um tiro na cabeça por um jovem garoto jihadista</p>
Em vídeo, espião israelense é morto com um tiro na cabeça por um jovem garoto jihadista
Foto: Y.NetNews / Reprodução

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) treinou mais de 400 crianças para combater na Síria, informou nesta terça-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

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"Os jihadistas submetem as crianças, a quem chamam de 'filhotes dos leões do Califado", a intensivos treinamentos militares e religiosos nos territórios que controlam na Síria", diz a ONG com sede na Grã-Bretanha.

Vários vídeos difundidos nas redes sociais, em contas ligadas ao EI, mostram crianças carregando escopetas, disparando e rastejando no chão em treinamento de guerrilha.

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Nas imagens, as crianças também são vistas estudando textos religiosos em torno de uma mesa redonda.

"Quando atingem a idade de 15 anos, esses meninos têm a opção de virar verdadeiros combatentes que recebem salário", indicou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

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Foto: MEMRI/Mail Online / Reprodução

"O EI tenta atrair as crianças com dinheiro e armas", acrescentou, explicando que as crianças não são obrigadas a lutar, mas é o que acabam fazendo já que não vão à escola, nem trabalham.

As crianças soldados são utilizadas em postos de controle ou para conseguir informações nas zonas não controladas pelo EI, já que passam despercebidas.

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Outras crianças são recrutadas, no entanto, com objetivos mais violentos. Um vídeo de março mostrava, por exemplo, um menino de 12 anos disparando várias vezes em um refém.

Segundo Rahman, o EI já utilizou dez crianças como terroristas suicidas na Síria. "Trata-se de uma lavagem cerebral", afirmou o diretor da OSDH.

"O chocante é que não escondem que usam crianças, ao contrário, se orgulham disso", denuncia, por sua vez, Nadim Hury, diretor adjunto para o Oriente Médio da Human Rights Watch.

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