Estado Islâmico ainda mantém ao menos um refém americano

Kayla Jean Mueller foi capturada na Síria em agosto de 2013

10 fev 2015 - 17h54
(atualizado às 17h55)
Barack Obama confirmou nesta terça-feira a morte da voluntária norte-americana Kayla Jean Mueller (foto)
Barack Obama confirmou nesta terça-feira a morte da voluntária norte-americana Kayla Jean Mueller (foto)
Foto: New York Daily / Reprodução

Após a morte de Kayla Jean Mueller, ao menos "um outro refém" norte-americano está nas mãos do grupo jihadista Estados Islâmico (EI, ex-Isis), informou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, nesta terça-feira, dia 10.

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Provavelmente ele se referia ao ex-fuzileiro naval e jornalista freelancer Austin Tice, sequestrado na Síria em 12 de agosto de 2012.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou hoje a morte da voluntária norte-americana Kayla Jean Mueller. Fontes do governo dos EUA disseram à "CNN" que os extremistas enviaram fotos à família da vítima para provar o seu falecimento. Segundo o grupo, ela morrera em um ataque aéreo promovido pela Jordânia em Raqqa, na Síria.

De acordo com nota divulgada pela Casa Branca, o mandatário expressou sua "profunda tristeza" pelo episódio. "Não importa quanto tempo levar, os Estados Unidos vão encontrar e fazer justiça com os terroristas responsáveis pela captura e morte de Kayla", concluiu Obama.

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A família da norte-americana de 26 anos, natural do Arizona, disse, em comunicado estar "com o coração partido". "Kayla era uma voluntária apaixonada e devotada. Ela dedicou toda sua vida a ajudar aqueles que necessitavam de liberdade, justiça e paz", apontaram seus pais, Marsha e Carl.

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A declaração não deu detalhes sobre as circunstâncias da morte da jovem, que fora capturada na Síria em agosto de 2013. Ela trabalhava em uma organização humanitária que ajudava mulheres sírias. 

Egito

O braço egípcio do EI decapitou 10 pessoas consideradas espiãs, de acordo com a imprensa local. Em um vídeo no qual documenta os crimes, o grupo afirmou que os corpos foram expostos em uma estrada do Sinai. Especialistas acreditam que a estrada palco das atrocidades seja uma de Rafah.

Desvendando o Estado Islâmico

Os jihadistas, que se chamavam "Ansar Bait al-Maqdis", mudaram o nome do grupo para "Estado" ou "Província do Sinai", após uma aliança com o EI anunciada no último mês de novembro.

O EI é um grupo de extremistas que tenta formar um califado sunita no norte da Síria e do Iraque. Para isso, adota métodos de decapitações, execuções, sequestros e perseguições.

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Síria

O presidente da Síria, Bashar al Assad, confirmou que recebe mensagens da coalizão internacional liderada pelo Exército norte-americano para derrotar o Estado Islâmico sobre os ataques aéreos efetuados em seu país.

A revelação foi feita em uma entrevista do mandatário à emissora britânica "BBC". Segundo ele, as informações chegam por meio de "nações terceiras", entre as quais o Iraque, e não diretamente dos Estados Unidos.

"Às vezes nos mandam uma mensagem, mas uma mensagem genérica, não tem nada de tático. Há, digamos assim, informações, mas não um diálogo", declarou Assad, ressaltando que não existe uma cooperação direta com a coalizão desde que começaram os bombardeios contra o EI na Síria, em setembro passado.

Fonte: ANSA Brasil
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