Estado Islâmico decapita sírio que ajudou a matar outros 196

Em troca, o homem teria recebido 10 mil libras sírias (US$ 50)

12 dez 2014 - 16h56
(atualizado às 18h19)
Milicianos de Estado Islámico
Milicianos de Estado Islámico
Foto: BBC Mundo / Copyright

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) decapitou nesta sexta-feira um homem na cidade de Al Bab, no norte da Síria, por supostamente ter ajudado as forças do regime de Bashar al Assad e com isso colaborado para a morte de 196 pessoas.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos disse que a execução aconteceu após a reza muçulmana do meio-dia da sexta-feira em Al Bab, na província de Aleppo, que está sob o controle dos extremistas.

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Após a decapitação, o corpo da vítima foi pendurado em um poste. O homem foi assassinado depois que um tribunal islâmico do EI o condenou por "entregar muçulmanos procurados pelo regime para as autoridades e colocar microchips para orientar os aviões (governamentais) em direção aos lugares de concentração de muçulmanos na cidade de Al Bab".

Com estas ações, o decapitado supostamente ocasionou a morte de pelo menos 196 pessoas e colaborou para 700 ficarem feridas. Em troca, o homem teria recebido 10 mil libras sírias (US$ 50), acrescentou a ONG.

Em um fórum de discussão na internet utilizado habitualmente pelos extremistas, os radicais publicaram fotos da vítima antes de sua morte, nas quais ele aparecia no interior de um veículo mostrando um dos microchips que supostamente foi utilizado para guiar a aviação do regime de Assad.

Em outra foto, o homem mostra sua permissão para portar armas, expedida pelas Forças Armadas sírias.

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Os jihadistas descreveram o homem como um "shabiha", ou seja, um pistoleiro do regime.

Por outro lado, na província de Deir ez Zor, no nordeste sírio, pelo menos nove membros do EI morreram durante um novo ataque da organização extremista ao aeroporto militar, em mãos do regime.

A ação começou na madrugada com um atentado suicida cometido com um tanque bomba, que não deixou nem mortos nem feridos.

O Observatório destacou que entre os combatentes mortos nos enfrentamentos há dois tunisianos e um marroquino.

Na semana passada, o EI tentou tomar o controle do aeroporto, mas foi repelido pelos soldados governamentais.

Na província de Deir ez Zor, em Granich, foi encontrada uma fossa com 11 membros da tribo Al Shaitat, inimiga do EI.

O grupo jihadista proclamou no final de junho um califado no Iraque e na Síria, onde conquistou zonas do norte e do centro de ambos os países.

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No mês seguinte, o EI conquistou a maior parte da província síria de Deir ez Zor, na fronteira com o território iraquiano, exceto bairros de sua capital homônima e do aeroporto militar, em poder das autoridades.

Desvendando o Estado Islâmico

  
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