O grupo terrorista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) destruiu dois mausoléus históricos da cidade síria de Palmira, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (Ondus) nesta terça-feira (23).
Segundo as primeiras notícias, as estruturas foram demolidas por serem consideradas "símbolos do politeísmo". Entre as obras detonadas, está a do xeque Mohammad Ben Ali, um descendente da família do profeta Ali Ben Abi Taleb, que fica "próxima" às ruínas históricas da cidade.
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Através de seu "braço de comunicação" Wilayat Homs, os extremistas publicaram fotos do "antes e depois" da explosão. O mausoléu ficava em cima de uma colina, a quatro quilômetros do sítio romano. Além deste, a Ondus conseguiu confirmar a destruição de outro sacrário islâmico, de Anu Behaeddin, uma figura importante na história da Palmira.
O responsável da Unesco para o mundo árabe, Karim Hendili, informou à ANSA que "não tem ainda a confirmação" da destruição das obras e que está "verificando todas as informações".
Os jihadistas do EI "consideram estes mausoléus islâmicos contrários à fé", sendo uma forma de "idolatria" e proibiram "qualquer visita aos locais", disse o diretor de antiguidade do governo sírio, Maamoun Abulkarim, ao portal "Newsweek". Até o momento, não há informações de destruições nas ruínas históricas de Palmira, erguidas entre os séculos I e II, que são consideradas um Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Porém, há vários dias, os membros da Ondus afirmam que os terroristas plantaram diversas minas terrestres no local - sem precisar se isso era uma ação de defesa ou para explodir o sítio.