O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou um de seus dirigentes acusado de malversação de fundos e de roubo - informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) nesta sexta-feira.
"O EI executou um de seus altos dirigentes, de nacionalidade síria, decapitando-o e crucificando-o" na província de Deir Ezzor, anunciou o Observatório.
Segundo essa fonte, ele era acusado de "pegar dinheiro de muçulmanos (...) e de desviar fundos do EI".
O OSDH divulgou uma fotografia do homem, identificado como Khalaybeeb Abu Muntather, decapitado e pendurado em uma cruz improvisada. Uma nota deixada no corpo explicava os detalhes da sentença, decidida, de acordo com o texto, pelo "comandante dos fiéis", Abu Bakr al-Bagdadi, líder do EI.
Nem o papel do suposto dirigente na organização, nem o momento de sua morte estão claros, mas a notícia da execução também foi divulgada por militantes jihadistas nas redes sociais.
Com frequência, os jihadistas executam indivíduos acusados de crimes diversos, como roubo e o descumprimento de sua interpretação radical da lei islâmica.
Nesta sexta, em um relatório, a ONU acusou o EI de cometer crimes contra a humanidade e crimes de guerra na Síria, onde o grupo controla várias áreas, entre elas a maior parte de Deir Ezzor, província petroleira do leste do país.