Os militantes do Estado Islâmico mataram 1.432 sírios fora de campos de batalha desde o fim de junho, quando declararam um califado no território que controlam, disse um grupo que monitora a guerra nesta segunda-feira.
As mortes incluem os assassinatos por decapitação e apedrejamento, assim como as vezes em que o grupo cortou a garganta de uma vítima ou atirou contra uma pessoa fora de situações de combate. O Estado Islâmico, que tomou partes do norte e do leste da Síria e também o norte e o oeste do Iraque, frequentemente mostra os corpos em público após cometer os assassinatos.
O grupo fundamentalista, uma ramificação da Al Qaeda, disse no domingo em um vídeo divulgado online que decapitou um norte-americano que trabalhava na ajuda humanitária. O ato foi descrito pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, como de "puro mal".
Embora o grupo tenha assassinado vários estrangeiros, entre eles jornalistas e funcionários de grupos de ajuda humanitária, o esmagador número de vítimas do grupo vem da população local, disse Rami Abdulrahman, que dirige o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
A maioria dessas vítimas --882-- eram civis, entre elas duas crianças e cinco mulheres, disse ele ao descrever os assassinatos desde 29 de junho, quando o líder do Estado Islâmico declarou que o grupo formou um califado.
As crianças foram mortas a tiros em episódios separados na província de Aleppo. Uma foi acusada de tirar fotos de um quartel-general do Estado Islâmico e a outra foi assassinada depois de ser acusada de insultar o Profeta Maomé.
O grupo também matou 483 membros das forças pró-governo sírio que capturou neste período e 63 integrantes de grupos de combate rebeldes e curdos na Síria. O grupo também matou quatro de seus membros, segundo Abdulrahman.
O grupo fundamentalista sunita matou pessoas de todas as etnias e facções sectárias na Síria e no Iraque. Na Síria, o Estado Islâmico matou centenas de membros da tribo Sheitaat, a qual tem combatido no leste do país.
Em algumas cidades e vilas, o grupo estabeleceu tribunais para fazer cumprir o que afirma ser a lei islâmica antes de cometer os assassinatos.