EUA enviam armas para curdos que combatem o Estado Islâmico

Maioria dos moradores deixou a área e grande parte buscou refúgio na Turquia

20 out 2014 - 07h02
<p>EUA realizam ataques aéreos para conter avanço de militantes do 'Estado Islâmico' na cidade síria de Kobane</p>
EUA realizam ataques aéreos para conter avanço de militantes do 'Estado Islâmico' na cidade síria de Kobane
Foto: BBC News Brasil

Aviões militares dos Estados Unidos lançaram armas, munição e produtos médicos para combatentes curdos que enfrentam militantes do grupo autodenominado 'Estado Islâmico' na estratégica cidade síria-curda de Kobane, na fronteira com a Turquia.

Ataques aéreos americanos têm impedido o avanço do 'Estado Islâmico' sobre a cidade, mas os militantes ainda são uma ameaça às forças curdas. Segundo o Centro de Comando militar dos EUA, Kobane "ainda pode cair".

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Aeronaves de transporte C-130 realizaram "diversos" lançamentos de ajuda, que foi disponibilizada por autoridades curdas no Iraque, segundo o Centro. Todos os aviões envolvidos na operação retornaram com segurança.

Militantes do 'Estado Islâmico' controlam um vasto território entre a Síria e o Iraque. Tomar Kobane é um objetivo estratégico para o grupo e combates intensos têm sido realizados na cidade nas últimas semanas.

A maioria dos moradores deixou a área e grande parte buscou refúgio na Turquia.

Os EUA já realizaram mais de 135 ataques aéreos contra alvos do 'Estado Islâmico' em Kobane, segundo o Centro. Centenas de combatentes foram mortos e equipamentos e posições de combate dos militantes foram destruídos ou danificados, disse o comunicado.

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Correspondentes, no entanto, disseram que os lançamentos de ajuda devem irritar a Turquia, aliada estratégica dos EUA na região.

No domingo, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que não permitirá que combatentes curdos recebam qualquer transferência de armas dos EUA.

A Turquia tem resistido aos pedidos para ajudar os curdos a lutar por Kobane, descrevendo-os como terroristas, assim como o grupo militante curdo PKK, que também é considerado uma organização terrorista pelos EUA e a União Europeia.

A situação entre a Turquia e os curdos é complicada. Estes vivem espalhados pela região, em partes da Turquia, Iraque, Síria e Irã, mas a maioria deles está no sudeste da Turquia, onde há décadas lutam por um país independente.

Milhares morreram em confrontos contra o governo turco e um cessar-fogo só foi anunciado em 2013.

Uma autoridade do governo americano disse que o presidente Barack Obama telefonou para Erdogan no sábado para informá-lo dos lançamentos.

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