O exército israelense anunciou nesta sexta-feira ter ocupado uma escola talmúdica de uma colônia da Cisjordânia conhecida por ser um reduto da direita radical, depois de vários confrontos entre colonos extremistas e as forças de segurança.
O exército também bloqueou a entrada da colônia, constatou a AFP, e só permite a passagem de residentes. Cerca de 15 colonos foram detidos nos últimos dias como suspeitos de ter atacado o exército.
"Como consequência dos atos violentos recentes contra as forças de segurança, e para resolver as preocupações sobre a segurança, (o exército) posicionou um esquadrão da polícia das fronteiras no edifício da yeshiva de Yitzhar" até 15 de junho, anunciaram os militares em um comunicado.
O exército justifica dizendo que a ação foi feita "para impedir a violência e o vandalismo contra as forças de segurança e os povoados próximos".
A medida foi aplicada coincidindo com as férias escolares da Páscoa judaica, razão pela qual não havia alunos em seu interior.
Cinco ex-chefes do serviço de segurança interior, o Shin Beth, pediram o aumento da repressão contra os colonos extremistas e que os autores da violência sejam tratados como terroristas.
A comunidade Yitzhar classificou a medida de "histérica e histórica".
"Converter uma yeshiva em uma base militar é uma linha vermelha", denunciou em um comunicado, no qual pede "ao governo israelense que abandone imediatamente" o edifício.
Em um comunicado, a yeshiva classificou a chegada do exército de profanação e prometeu que seguirá com seu ensino.