Binyamin Ben-Eliezer, um dos candidatos mais bem cotados para substituir Shimon Peres como mais novo chefe de estado israelense, deixou a corrida presidencial neste sábado, um dia depois da polícia interrogá-lo por conta de um empréstimo que ele recebera.
Com a desistência, o caminho para a presidência fica mais tranquilo para Reuven Rivlin, um ex-presidente do Parlamento israelense com quem o primeiro ministro Benjamin Netanyahu tem um difícil relacionamento.
Ben-Eliezer, que é ex-general, ministro da Defesa e um veterano parlamentar trabalhista, negou quaisquer irregularidades e disse que foi "deliberadamente atacado", mas se recusou a dizer quem teria tentado sabotar sua campanha.
"Desde que anunciei minha candidatura à presidência, existe uma oportunista e incessante campanha de calúnia e difamação contra minha pessoa, cuja única intenção era de me impedir a disputar o cargo de presidente. Com o coração dolorido, eu decidi me retirar da disputa", disse Ben-Eliezer em comunicado.
Os parlamentares agora elegerão um novo presidente no dia 10 de junho, com cinco candidatos ainda no páreo. Ao anunciar a data no mês passado, o presidente do Knesset, o Parlamento israelense, Yuli Edelstein, também admitiu que a campanha à presidência estava marcada por calúnia e difamação contra vários dos candidatos.
"O cargo de presidente de Israel é importante, e é voltado para consertar as diferenças que temos no país....e não é esse o tipo de campanha que gostaríamos de ver", disse Edelstein.
Netanyahu causou suspeitas no último mês quando ele sugeriu a ideia de abolir a presidência, mas a sugestão deixou parlamentares furiosos em todo o espectro político e foi rapidamente rejeitada pelos ministros.