Forças francesas no Mali matam comandante islâmico procurado pelos EUA

11 dez 2014 - 16h26

Forças francesas que atuam no norte do Mali, na África Ocidental, mataram um comandante veterano do grupo islâmico Al Mourabitoun que era procurado pelos Estados Unidos, disse o porta-voz do Ministério da Defesa nesta quinta-feira.

Soldados franceses da Operação Barkhane patrulham a região norte de Timbuktu, no centro do Mali, em novembro. 06/11/2014
Soldados franceses da Operação Barkhane patrulham a região norte de Timbuktu, no centro do Mali, em novembro. 06/11/2014
Foto: Joe Penney / Reuters

Os EUA ofereceram uma recompensa de 5 milhões de dólares por informações que levassem à prisão de Ahmed al Tilemsi, que participou do sequestro de dois cidadãos franceses no Níger em 2011 e de três agentes de saúde na Argélia no fim daquele ano.

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Al Tilemsi era membro fundador do Movimento por Unidade e Jihad no Oeste da África, que se juntou a combatentes leais ao líder islâmico veterano Mokhtar Belmokhtar para formar o Al Mourabitoun no ano passado.

“Na noite passada, lançamos uma operação na região de Gao em coordenação com as forças do Mali”, informou o coronel Gilles Jarron a repórteres em Paris. Tilesmi foi morto na operação e uma dezena de outros islâmicos foi "neutralizada", disse ele. Não ficou claro se "neutralizado" significa morto ou preso.

Um comunicado do governo malinês lido na rádio estatal afirmou que o Exército do país participou da operação, na qual pelo menos seis militantes islâmicos foram mortos e outros três foram capturados.

O movimento, os homens de Belmokhtar e os membros da Al Qaeda no Magreb Islâmico, o braço da Al Qaeda no norte da África, formaram uma aliança informal de combatentes que tomou as regiões desérticas do norte do Mali em 2012.

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Os militantes foram expulsos por uma ofensiva francesa em janeiro de 2013, e a França manteve cerca de 3.200 soldados na região de Sahara-Sahel como parte de uma força contrainsurgência.

Entre 200 e 400 efetivos adicionais das forças especiais têm uma missão para caçar os líderes dos grupos islâmicos que mataram dezenas de soldados de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) em ataques nos últimos meses.

(Reportagem adicional de Gerard Bon, em Paris; e de Tiemoko Diallo, em Bamako)

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