França se une aos esforços internacionais contra jihadistas
Hollande, que se reuniu com o presidente Fuad Massum e o primeiro-ministro Haidar al-Abadi, é o primeiro líder estrangeiro a visitar Bagdá desde o início da ofensiva do Estado Islâmico
O presidente francês, François Hollande, prometeu nesta sexta-feira, em Bagdá, aumentar a ajuda militar ao Iraque, em meio aos esforços internacionais para deter os jihadistas do Estado Islâmico (EI), responsáveis por inúmeras atrocidades neste país e na Síria.
Paralelo a isso, o secretário de Estado americano John Kerry prossegue com sua missão em Ancara, após obter o apoio de dez países árabes na luta contra o grupo extremista sunita como parte de uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
No sábado, ele viajará ao Cairo, onde se reunirá com o chefe da Liga Árabe, Nabil al-Arabi.
Hollande, que se reuniu com o presidente Fuad Massum e o primeiro-ministro Haidar al-Abadi, é o primeiro líder estrangeiro a visitar Bagdá desde o início, em 9 de junho, da ofensiva do EI, que assumiu grandes porções do território no Iraque, depois de ter feito o mesmo na vizinha Síria desde 2013.
"Vim a Bagdá para afirmar a disponibilidade da França para ajudar ainda mais o Iraque militarmente", declarou Hollande, que expressou o apoio da França ao governo iraquiano que "foi capaz de reunir todos os componentes do povo iraquiano".
Enquanto Abadi insistiu na importância do apoio aéreo para ajudar no combate aos jihadistas, o presidente francês declarou ter "ouvido esta demanda" e que "trabalha com nossos aliados em uma série de possibilidades".
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A França fornece desde agosto armas para as forças curdas que combatem o EI no norte do Iraque.
Paris também manifestou a sua vontade de utilizar seus bombardeiros no Iraque "se necessário", como parte da estratégia anunciada quarta-feira à noite pelo presidente americano Barack Obama para "destruir" o grupo extremista.
"A ameaça global (representada pelo EI) requer uma resposta global", ressaltou o chefe de Estado francês, acrescentando que a conferência internacional sobre o Iraque prevista para segunda-feira em Para deve ajudar a "coordenar as ações contra este grupo terrorista".
De acordo com a Agência Americana de Inteligência (CIA), o EI possui entre 20.000 e 31.500 combatentes na Síria e no Iraque, alguns dos quais recrutados a partir do estrangeiro.
Após Bagdá, Hollande seguirá para Erbil, capital da região autônoma do Curdistão (norte), para entregar ajuda humanitária e visitar um campo de deslocados.
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Centenas de milhares de iraquianos, em sua grande maioria cristãos e yazidis, fugiram frente ao avanço dos jihadistas, acusados de crimes contra a humanidade pela ONU.
Onze anos após ter rejeitado se unir a Washington e Londres na invasão do Iraque, a França tenta voltar à cena neste país, com o qual mantém fortes laços históricos.
Como parte de sua estratégia, Obama prevê expandir os ataques aéreos contra o EI no Iraque e lançar ataques na Síria.
Ele também anunciou a sua intenção de fortalecer o exército iraquiano e aumentar a ajuda militar aos rebeldes sírios que lutam contra o regime de Bashar al-Assad e o EI.
Os Estados Unidos também têm a intenção de fortalecer suas bases no Golfo e aumentar os voos de vigilância, segundo uma autoridade americana. O Pentágono começará a posicionar alguns de seus aviões na base aérea de Erbil.
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Um total de 1.600 soldados americanos será enviado ao Iraque para dar apoio às forças iraquianas em termos de equipamento, formação e informação.
"O objetivo é enfraquecer e, finalmente, destruir o EI", segundo o presidente Obama.
Na Europa, a Alemanha anunciou a proibição de atividades de apoio ou promoção do EI em seu território, depois de ter excluído sua participação em eventuais ataques aéreos na Síria, enquanto primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse não excluir qualquer possibilidade.
Na Síria, o regime, apoiado pela Rússia, advertiu contra o lançamento de ataques em seu território, sem o seu acordo.
Os Estados Unidos, que consideram ilegítimo o regime de Bashar al-Assad, anunciaram sua intenção de fornecer 500 milhões de dólares em ajuda humanitária adicional às vítimas do conflito sírio, que já causou mais de 191 mil mortes desde 2011, de acordo com o ONU.
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06 de junho - Jovens iraquianos observam os danos causados após a explosão de um carro-bomba na cidade de Kirkuk
Foto: AFP
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08 de junho - Imagem de propaganda do EIIL. Militantes lutaram contra forças iraquianas em Tikrit, em 11 de junho, após os jihadistas tomarem a faixa norte do país, incluindo a cidade de Mossul
Foto: AFP
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08 de junho - Imagem retirada de uma propaganda veiculada no dia 08 de junho pelo grupo EIIL mostra militantes perto da cidade iraquiana de Tikrit
Foto: AFP
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10 de junho - Família iraquianas se reúnem em um posto de controle curdo, em uma região autônoma do Curdistão. Elas fogem da violência presente na província de Nínive, no Iraque
Foto: AFP
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10 de junho - Foto tirada de um celular mostra um homem armado assistindo a um veículo militar em chamas, em Mossul
Foto: AFP
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11 de junho - Imagem divulgada pelo grupo EIIL, mostra militantes indo a um local não revelado, na província de Nínive, no Iraque
Foto: AFP
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11 de junho - Imagem divulgada por um perfil de notícias jihadista no Twitter mostra um militante do grupo EIIL segurando uma arma na fronteira sírio-iraquiana
Foto: AFP
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11 de junho - Imagem disponibilizada pelo perfil de notícias jihadistas Al-Baraka mostra militantes do EIIL pendurando uma bandeira da Jihad Islâmica em um poste no topo de um antigo forte militar, na aldeia de Al Siniya
Foto: AFP
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11 de junho - Iraquianos limpam as ruas depois de um ataque suicida de um homem-bomba, em uma tenda, onde líderes tribais xiitas estavam reunidos, na cidade de Sadr, no norte de Bagdá
Foto: AFP
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11 de junho - Um grupo de curdos são vistos sentados dentro de um veículo, estacionado próximo à cidade de Mossul, no Iraque. No dia 10 de junho, militantes sunitas invadiram a cidade.
Foto: AFP
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11 de junho - Parte do uniforme de um membro do Exército iraquiano é visto no chão, em frente a restos de um veículo militar queimado, a 10 km da cidade de Mossul
Foto: AFP
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12 de junho - Membros do grupo Asaib Ahl al-Haq carregam caixão de colega morto em Najaf durante confrontos com o grupo rebelde Estado Islâmico e o Levante (EIIL) na província de Salahuddin
Foto: Reuters
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12 de junho - Soldado do grupo insurgente Estado Islâmico e o Levante (EIIL) monta guarda em posto de controle em Mossul
Foto: Reuters
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12 de junho - Forças especiais da polícia capturam homens armados na cidade iraquiana de Tikrit
Foto: Reuters
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12 de junho - Dezenas de famílias deixam Mossul em direção a cidades curdas por causa da escalada da violência na região
Foto: Reuters
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12 de junho - Voluntários que se juntaram ao Exército iraniano para lutar contra os insurgentes sunitas que tomaram controle da cidade de Mossul viajam em caminhão militar para Bagdá
Foto: Reuters
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12 de junho - Membros das forças de segurança iraquianas posam para foto em Bagdá
Foto: Reuters
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12 de junho - Insurgentes montam guarda em posto de controle na cidade iraquiana de Mossul
Foto: Reuters
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15 de junho - Voluntários se unem ao exército iraquiano para combater militantes sunitas do EIIL
Foto: Reuters
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16 de junho - Voluntários se juntam ao exército iraquiano para combater os militantes predominantemente sunitas
Foto: Reuters
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16 de junho - Combatentes xiitas participam de mais um treinamento em estilo militar, em Najaf
Foto: Reuters
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17 de junho - Combatentes do Exército Mehdi marcham durante um treinamento em estilo militar na cidade sagrada de Najaf
Foto: Reuters
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17 de junho - Pessoas se reúnem em local onde um ataque com carro-bomba deixou 13 mortos e 30 feridos em Bagdá
Foto: Reuters
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17 de junho - Combatentes xiitas marcham em treinamento em estilo militar na cidade sagrada de Najaf
Foto: Reuters
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17 de junho - Combatentes tribais gritam palavras de luta enquanto carregam armas em um desfile nas ruas de Najaf, ao sul de Bagdá
Foto: Reuters
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19 de junho - soldados desfilam dentro do principal centro do Exército durante uma campanha de recrutamento de voluntários para o serviço militar em Bagdá, Iraque
Foto: AP
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19 de junho - homens iraquianos chegam ao principal centro de recrutamento do Exército de voluntários para o serviço militar em Bagdá, após autoridades pedirem ajuda ao povo iraquiano no combate aos insurgentes
Foto: AP
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19 de junho - centenas de homens mobilizam-se para lutar contra os insurgentes do Estado Islâmico e do Levante, em Bagdá
Foto: AP
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19 de junho - voluntários das recém-formadas "Brigadas de Paz" participam de um desfile na cidade xiita de Najaf, no Iraque
Foto: AP
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20 de junho - seguidores do clérigo xiita Muqtada al-Sadr realizam orações ao ar livre no reduto xiita da cidade de Sadr, em Bagdá
Foto: AP
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20 de junho - militares das "Brigadas de Paz" participam de desfile no sul da cidade sagarada de Najaf
Foto: AP
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22 de junho - mulher iraquiana banha seu filho em um acampamento para deslocados internos que fugiram de Mossul e outras cidades tomadas pelos insurgentes do Estados Islâmico e do Levante
Foto: AP
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