Gaza não pode se sustentar isolada do mundo, diz Obama

O presidente americano falou da necessidade de uma abertura da Faixa de Gaza e mostrou simpatia pelos cidadãos comuns que vivem na região e sofrem com o conflito entre Israel e o grupo Hamas

6 ago 2014 - 22h43
(atualizado às 22h50)
<p>Obama reiterou seu desejo de que tanto Israel como o Hamas possam alcançar um acordo para um cessar-fogo permanente</p>
Obama reiterou seu desejo de que tanto Israel como o Hamas possam alcançar um acordo para um cessar-fogo permanente
Foto: Jim Bourg / Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira que Gaza "não pode sustentar a si mesma isolada do mundo", em referência ao embargo aplicado por Israel sobre a Faixa.

Em entrevista coletiva realizada no fechamento da cúpula africana que aconteceu em Washington, Obama ressaltou que uma abertura da Faixa é o modo de terminar com a crise que existe nos territórios e assegurou que "há fórmulas disponíveis", embora tenha reconhecido que são "complicadas".

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"Não tenho nenhuma simpatia pelo Hamas", salientou Obama, "mas tenho uma grande simpatia pelas pessoas comum que lutam em Gaza", acrescentou o presidente, em referência ao sofrimento da população civil.

Obama insistiu que o povo palestino, uma sociedade muito densificada e jovem, precisa poder trabalhar para conseguir sua própria prosperidade.

Os palestinos comuns que vivem na pobreza no território governado pelo Hamas necessitam, segundo apontou, "ter algumas perspectivas de uma abertura de Gaza a fim de que não se sintam fechados".

Obama reiterou sua preocupação pelos civis mortos no conflito, que deixou 1.875 palestinos mortos e 67 israelenses, mas repetiu que os Estados Unidos apoiam o direito de Israel a defender-se.

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O presidente americano disse em várias ocasiões que o grupo terrorista Hamas tinha atuado "de maneira extraordinariamente irresponsável" ao atacar os israelenses e insistiu que o principal objetivo de curto prazo para Washington é que os ataques não sejam retomados.

O presidente desejou que tanto Israel como o Hamas possam alcançar um acordo para um cessar-fogo permanente e considerou que para isso será indispensável que no futuro se envolva a Autoridade Palestina.

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