O Governo Regional do Curdistão do Iraque disse neste sábado ter evidências de que o Estado Islâmico usou gás de cloro como arma química contra as forças curdas peshmerga.
O Conselho de Segurança da região curda disse em comunicado à Reuters que o peshmerga colheu amostras do solo e de roupas após atentado suicida do Estado Islâmico no norte do Iraque, em janeiro.
Segundo o comunicado, as análises laboratoriais mostraram que "as amostras contêm níveis de cloro que sugerem que a substância foi usada como arma".
O cloro é um agente asfixiante cujo uso como arma química data da Primeira Guerra Mundial. Ele foi banido pela Convenção de Armas Químicas em 1997.
Não foi possível verificar de forma independente a alegação curda.
O comunicado afirma que a análise foi realizada em um laboratório certificado pela União Europeia depois que as amostras foram enviadas pelo Governo Regional Curdo a uma "nação parceira" da coalizão liderada pelos Estados Unidos, que está lutando contra os integrantes do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. Uma fonte do Conselho de Segurança Curda não quis identificar o laboratório.
O atentado ocorreu em 23 de janeiro, envolvendo um carro bomba em uma estrada entre Mosul e a fronteira síria, onde as forças peshmerga estavam preparando posições defensivas após uma ofensiva de dois dias, disse o comunicado.
A fonte curda disse que o peshmerga disparou um foguete contra o carro que transportava a bomba, não havendo vítimas no incidente, porque ele explodiu antes de atingir seu alvo.