Governo iraquiano tem novo plano para defender Bagdá

Jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e Levante avançam sobre a cidade

13 jun 2014 - 08h10
(atualizado às 09h59)
<p>Membros das forças de segurança iraquianas entoam slogans em Bagdá, em 13 de junho</p>
Membros das forças de segurança iraquianas entoam slogans em Bagdá, em 13 de junho
Foto: Reuters

O governo do Iraque começou a aplicar um plano para defender Bagdá dos jihadistas, que avançam para a capital de vários pontos e estão a menos de 100 km da cidade, anunciou o ministério do Interior.

"Colocamos em prática um novo plano para proteger Bagdá", disse o porta-voz do ministério, o general Saad Maan.

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"É uma situação excepcional em que qualquer descuido permitirá ao inimigo tentar atacar Bagdá", afirmou o porta-voz.

"Temos que estar preparados", disse o general, antes de informar que o plano prevê uma grande mobilização das forças de segurança.

Desde terça-feira, milhares de jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e Levante (EIIL) assumiram o controle da província de Nínive (norte), incluindo a capital Mossul, de Tikrit e outras regiões da província de Saladino, assim como áreas das províncias de Diyala e de Kirkuk.

Na província de Al-Anbar os jihadistas controlam desde janeiro a cidade de Fallujah, 60 km ao oeste de Bagdá, e parte de Ramadi.

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Em uma gravação de áudio divulgada na quarta-feira, um porta-voz do EIIL, Abu Mohamed al Adnani, convocou os combatentes a "marchar sobre Bagdá".

Nesta sexta-feira confrontos eram registrados entre o Exército e os islamitas, que tentam assumir o controle da capital da província de Diyala, Baaquba, situada 60 km ao norte de Bagdá.

ONU: centenas já morreram

O número de pessoas mortas depois que militantes sunitas islamitas invadiram a cidade de Mossul no começo da semana pode chegar a centenas, disse nesta sexta-feira o porta-voz da área de direitos humanos da ONU, Rupert Colville.

Ele afirmou que seu gabinete tinha informações de que as matanças incluem a execução de 17 civis que trabalhavam para a polícia e um empregado do Judiciário no centro de Mossul.

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Quatro mulheres se mataram depois de terem sido estupradas, 16 georgianos foram sequestrados e, além disso, prisioneiros libertados por militantes estavam procurando vingar-se dos responsáveis por sua prisão, disse ele.

"Nós recebemos ainda informações indicando que as forças do governo também cometeram excessos, em especial o bombardeio de áreas civis entre 6 e 8 de junho", disse ele. "Há alegações de que até 30 civis podem ter sido mortos."

Com informações da AFP e Reuters.

Foto: Arte Terra

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Fonte: Terra
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