O ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moualem, acusou nesta quarta-feira os países que financiaram os grupos de oposição em seu país de terem contribuído para "expandir o terrorismo".
"O diálogo entre sírios é a solução para o atual conflito, mas enquanto existam países nesta reunião que estão financiando grupos terroristas não haverá êxito", afirmou.
Em seu discurso na inauguração da conferência de paz para a Síria, Moualem se dirigiu à delegação opositora, representada pela Coalizão Nacional Síria (CNFROS), para dizer que a comitiva não era representativa por ter fracassado no objetivo de unir a oposição.
O ministro negou a existência de uma "oposição moderada" e acusou os membros do Exército Livre da Síria de serem "mercenários, que sequestram civis em troca de resgates, extorquem os pobres e os usam como escudos humanos".
"Tudo isto se faz com as armas fornecidas por países representados aqui, que apoiam supostos grupos moderados", disse o chefe da delegação síria que, a partir de sexta-feira, iniciará negociações com a CNFROS.
Moualem afirmou que os países ocidentais sabem que "sob o pretexto de apoiar esses grupos, a Al Qaeda e suas filiadas estão sendo armadas na Síria, no Iraque e em outros países da região".
O chanceler sírio chegou a protagonizar uma leve discussão com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que o interrompeu quando seu discurso já durava mais de 20 minutos e pediu para encerrá-lo.
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