Grande Barreira de Coral se prepara para ciclone na Austrália

19 mar 2015 - 10h11
(atualizado às 10h11)

A população costeiras do nordeste da Austrália foi orientada nesta quinta-feira a se preparar para marés altas  e perigosas ao longo da Grande Barreira de Coral, e não sair de casa durante a passagem de um poderoso ciclone tropical.

O ciclone Nathan estava a 300 quilômetros a leste-nordeste da estância turística de Cooktown, seguindo a 8 quilômetros por hora e ganhando força ao se aproximar da terra. A previsão é que chegará à costa na sexta-feira.

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"Ninguém está por perto", disse David Smith, proprietário da escola de mergulho ScubaDave. "Todo mundo que veio mergulhar no recife já partiu e não voltará antes da passagem do Nathan."

Um mês atrás, o ciclone Marcia atravessou a parte sul da mesma costa, causando bilhões de dólares em prejuízos e deixando milhares de pessoas desabrigadas ou sem eletricidade.

Os meteorologistas preveem que o Nathan provoque ventos de até 300 quilômetros por hora a partir da noite desta quinta-feira.

O nível do mar pode aumentar de forma constante até bem acima da maré normal, com ondas nocivas e alagamento de algumas áreas de baixa altitude, o que pode afetar também algumas regiões mais interioranas”, disse o órgão de meteorologia.

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Funcionários da defesa civil disseram que foram removidos centenas de moradores, além de trabalhadores de uma mina de sílica e pessoas que estavam no resort Lizard Island na Grande Barreira de Coral.

A primeira-ministra do Estado australiano de Queensland, Annastacia Palaszczuk, disse que cerca de 9.000 pessoas poderiam estar diretamente no caminho do ciclone no momento em que alcançar a categoria quatro, a segunda mais alta.

"A categoria quatro é muito grave", disse ela a jornalistas. "Para ficar em segurança, vocês precisam permanecer em suas casas."

O diretor regional da defesa civil e da corporação dos bombeiros, Wayne Coutts, afirmou que os moradores tiveram pouco tempo para se adequar e precisam estar preparados para a falta de energia e água.

Segundo meteorologistas, o ciclone é pequeno em termos de área, mas entrou em um ambiente climático em que pode rapidamente ter a sua força intensificada.

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A nação-arquipélago de Vanuatu sofreu grande destruição na semana passada com a chegada do ciclone Pam, uma das piores tempestades a atingir o Pacífico Sul.

(Reportagem de Robert Birsel)

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