Grupo de mais de 300 civis é retirado da cidade síria de Homs

Cerca de mil pessoas já deixaram a cidade de Homs, que se converteu em um campo de batalha

10 fev 2014 - 15h22
Civis levam seus pertences enquanto caminham até um ponto de encontro para serem evacuados da zona citiada de Homs
Civis levam seus pertences enquanto caminham até um ponto de encontro para serem evacuados da zona citiada de Homs
Foto: Reuters

Um novo grupo de mais 300 civis foi retirado nesta segunda-feira do sofrido centro histórico da cidade de Homs, no centro da Síria, depois que no fim de semana passado quase 700 pessoas deixaram a região, de acordo com o Crescente Vermelho.

Em uma postagem no Twitter, o organismo internacional informou sobre a saída desses civis, sem dar mais detalhes.

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O Observatório Sírio de Direitos Humanos confirmou, por sua vez, a retirada de 50 cidadãos do centro histórico de Homs, cercado pelo exército desde junho de 2012.

A ONG, com sede em Londres e uma ampla rede de ativistas no terreno, acrescentou que pelo menos dois homens morreram hoje devido aos ferimentos após o impacto ontem de foguetes e o disparo de balas na parte antiga.

Ativistas moradores da área, citados pelo Observatório, apontaram as forças leais ao regime de Bashar al Assad como autoras dos ataques.

Famílias sírias deixam, em ônibus, a cidade de Homs, que virou um campo de batalha
Foto: AP

O governador de Homs, Talal al Barazi, analisou hoje com o representante da ONU na Síria, Yacub al Hillo, a possibilidade de estender por mais dias a evacuação de civis, que a princípio estava prevista para entre sexta-feira passada e domingo.

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Al Barazi calculou que um total de 694 mulheres, crianças, anciãos e doentes foram retirados nesses dias.

Durante o fim de semana, os opositores denunciaram vários ataques por parte dos leais ao regime, que deixaram mortos e feridos e dificultaram o despejo dos civis e a distribuição de ajuda humanitária.

No entanto, o vice-ministro de Relações Exteriores da Síria, Faiçal Miqdad, rejeitou hoje em Genebra as acusações e culpou grupos armados opositores dentro da cidade de "impedir os cristãos de sairem dela".

Miqdad fez essas declarações durante a primeira jornada da segunda rodada da chamada conferência Genebra 2, à qual foi uma delegação do regime e outra da oposição.

  
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