Grupo extremista Hamas rejeita ideia de desarmamento em Gaza

O premiê israelense faz do desarmamento do movimento islâmico um pré-requisito para um acordo de longo prazo

28 ago 2014 - 15h38
Khaled Meshaal participa de uma coletiva de imprensa em Doha, em 23 de julho
Khaled Meshaal participa de uma coletiva de imprensa em Doha, em 23 de julho
Foto: Reuters

O líder do movimento islâmico palestino Hamas, Khaled Meshaal, rejeitou nesta quinta-feira qualquer tentativa de desarmar seus combatentes na Faixa de Gaza, uma das exigências de Israel para um acordo de longo prazo.

"As armas da resistência são sagradas. E nós não vamos aceitar que sejam colocadas na agenda" de discussões das próximas negociações previstas pelo acordo de cessar-fogo em Gaza, disse Meshaal durante uma coletiva de imprensa em Doha (Catar), onde vive no exílio.

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"Esta questão não pode ser objeto de barganha ou negociação. Ninguém pode desarmar o Hamas e sua resistência", acrescentou, desafiando o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que faz do desarmamento do movimento islâmico um pré-requisito para qualquer acordo de longo prazo.

Um acordo de cessar-fogo foi concluído na terça-feira entre Israel e os islamitas palestinos após 50 dias de uma guerra que deixou mais de 2.140 mortos e 11.000 feridos entre os habitantes de Gaza e 70 israelenses mortos.

Ele prevê a flexibilização do bloqueio de Gaza imposto por Israel desde 2006 e que sufoca os 1,8 milhão de habitantes do enclave palestino.

Além da desmilitarização do território, a reabertura do aeroporto e porto em Gaza devem ser discutidas no Cairo.

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