Grupo extremista que atua no Iraque cria agência matrimonial

Um escritório na Síria foi inaugurado para que mulheres solteiras ou viúvas que queiram se casar com combatentes do Estado Islâmico façam 'cadastro'

28 jul 2014 - 12h06
(atualizado às 12h07)
<p>Imagem de arquivo mostra combatentes da al-Qaeda ligados ao Estado Islâmico, marchando em Raqqa, Síria</p>
Imagem de arquivo mostra combatentes da al-Qaeda ligados ao Estado Islâmico, marchando em Raqqa, Síria
Foto: AP

Após a implantação de "excursões organizadas" nas áreas sob seu controle no Iraque e na Síria, os jihadistas do Estado Islâmico decidiram abrir uma "agência matrimonial" dirigida a mulheres que desejam se casar com combatentes do grupo ultrarradical.

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"O Estado Islâmico inaugurou na cidade síria de Al-Bab um escritório cuja missão é receber as mulheres solteiras e viúvas que desejam se casar com combatentes do EI", informou nesta segunda-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

A ONG cita os habitantes de Al-Bab, uma cidade da província de Aleppo sob o controle do grupo ultrarradical que reivindica as piores atrocidades, como decapitações, apedrejamentos e crucificações de seus inimigos.

"As candidatas devem registrar seu nome e endereço no pedido e, em seguida, os combatentes do EI vão bater na porta de suas casas e pedi-las oficialmente em casamento", diz o OSDH.

O EI decidiu recentemente promover o "turismo" na região que controla entre a Síria e o Iraque, e organiza duas vezes por semana turnês entre Raqa, no norte da Síria, e a província de al-Anbar, no oeste do Iraque, a bordo de um ônibus que exibe sua bandeira preta.

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No final de junho, o EI, um grupo fundamentalista que pretende voltar ao islamismo do tempo do profeta, proclamou um "califado" islâmico.

Apesar dos milhares de jihadistas que lutam em suas fileiras e o impacto midiático sobre sua ação extremamente violenta, o EI adota uma interpretação do Islã que é marginal no mundo muçulmano.

O grupo nasceu no Iraque em 2006, antes de se espalhar para a Síria, com o início da rebelião contra o regime de Bashar al-Assad, há três anos.

Desde 2013, está envolvido em uma guerra contra os rebeldes que o acusam de extorsão e de "roubar" a sua revolta contra o regime.

Foto: Arte Terra

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