Hamas diz que Sharon é "criminoso" e autor de "desgraças" contra palestinos

11 jan 2014 - 14h01

O movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, classificou o ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, que morreu neste sábado aos 85 anos em Tel Aviv, de "criminoso".

"Sharon era um criminoso e um daqueles que causaram desgraças ao povo palestino", disse o porta-voz do Hamas em Gaza, Salah al-Bardawil.

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Em um comunicado, o funcionário do partido islamita afirmou que "rezava a Alá para que Sharon e todos os dirigentes sionistas que cometeram massacres" contra os palestinos "fossem para o inferno".

Sharon morreu aos 85 anos após permanecer oito anos em um coma provocado por um derrame cerebral sofrido em 2006.

Figura política de destaque e premiado militar em Israel, a biografia de Sharon é repleta de episódios que os palestinos lembram com pesar, entre eles a massacre dos campos de refugiados de Sabra e Shatila, ambos no Líbano, em 1982.

Sharon foi considerado responsável indireto pelo massacre de palestinos nas mãos de falanges cristãs por não ter impedido a sua entrada nos campos. Os palestinos também lembram o confinamento de Yasser Arafat em Ramala no início da década passada.

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"Quando o povo palestino lembra a Sharon, só lembra de dor sangue, tortura, deslocamentos e crimes. Ele é um grande criminoso e nunca sentiremos pena por sua morte", disse Bardawil.

Por enquanto não ocorreram celebrações nas ruas de Gaza, mas nas redes sociais os palestinos expressaram sua alegria pela morte do ex-líder israelense.

Veja a trajetória do ex-premiê israelense Ariel Sharon em fotos

  
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