Iêmen: milícia xiita e presidente fecham acordo contra crise

Milicianos deixarão o palácio presidencial e vão liberar o chefe de gabinete de Hadi, sequestrado no sábado

21 jan 2015 - 18h24
(atualizado às 19h17)
Veículo militar pertencente ao grupo Houthi se posiciona em rua que leva ao palácio presidencial do Iêmen durante combates na capital Sanaa. 19/01/2015
Veículo militar pertencente ao grupo Houthi se posiciona em rua que leva ao palácio presidencial do Iêmen durante combates na capital Sanaa. 19/01/2015
Foto: Khaled Abdullah / Reuters

O presidente do Iêmen, Abd Rabbo Mansour Hadi, e os milicianos xiitas, que ocuparam seu palácio, concluíram, na noite desta quarta-feira (hora local) um acordo para encerrar a crise que se instalou no país, após vários dias de violência na capital, Sanaa, noticiou a agência Saba.

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Segundo o acordo, os milicianos deixarão o palácio presidencial e vão liberar o chefe de gabinete de Hadi, sequestrado no sábado. Em troca, o projeto de Constituição, ao qual se opõem, poderá sofrer emendas, acrescentou a agência.

Em Washington, o secretário de Estado americano, John Kerry, disse a jornalistas que o governo iemenita vai "aceitar, se não todas, a maioria das objeções que os huthis tinham" a respeito do projeto de Constituição a fim de encerrar a crise.

Os huthis entraram na terça-feira no complexo presidencial e cercaram a residência do premiê.

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O Conselho de Segurança da ONU e o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) condenaram uma demonstração de força dos milicianos e manifestaram seu apoio ao presidente.

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No cargo desde a saída, sob pressão popular, do antecessor Ali Abdallah Saleh, Hadi viu seu poder se fragilizar, em participar depois da entrada, em 21 de setembro, de milicianos xiitas em Sanaa.

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