Igreja é incendiada durante visita do papa em Jerusalém

Segurança local suspeita que o incêndio tenha sido de origem criminosa; pouco tempo antes, o edifício ao lado tinha sido palco de uma missa do pontífice

26 mai 2014 - 16h38
(atualizado às 17h01)
<p>Pouco tempo antes, na igreja ao lado, o pontífice celebrou uma missa, nesta segunda-feira</p>
Pouco tempo antes, na igreja ao lado, o pontífice celebrou uma missa, nesta segunda-feira
Foto: Reuters

Um incêndio de origem criminosa foi declarado em uma das principais igrejas católicas em Jerusalém, no Monte Sião, durante a visita do Papa Francisco, declarou à AFP o porta-voz da Abadia da Dormição, o frei Nikodemus Schnabel.

"Alguém entrou na igreja, desceu à cripta, pegou um livro utilizado por peregrinos e o levou a uma pequena sala perto do órgão, onde incendiou o livro, queimando cruzes de madeira", disse o monge. Pouco antes, o Papa havia celebrado uma missa no edifício vizinho do Cenáculo.

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De acordo com a tradição cristã, foi neste local, no Monte Sião, que ocorreu a Última Ceia, a última refeição de Jesus com seus apóstolos, em que se instituiu a Eucaristia.

Hoje, os cristãos pedem autorização para fazer uso do lugar, onde têm acesso livre, mas só podem celebrar uma missa duas vezes por ano, na Quinta-Feira Santa e em Pentecostes.

A missa provocou a ira de extremistas judeus, que temem que a visita do Papa ao Cenáculo faça parte das negociações entre Israel e a Santa Sé que poderia colocar um fim às restrições para as cerimônias cristãs no local.

A polícia israelense deteve dezenas de extremistas judeus suspeitos de querer perturbar a visita do Papa.

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O papa Francisco concluiu nesta segunda-feira à noite sua primeira visita à Terra Santa, em uma peregrinação de três dias com forte conotação religiosa, mas também políticas.

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