A agência de notícias Fars, ligada ao governo iraniano, denunciou, neste domingo, uma cooperação dos setores de inteligência de Israel e Arábia Saudita para cirar um malware (software desenvolvido para se infiltrar em um sistema de computador alheio de forma ilícita) que sabotaria o programa nuclear de Teerã, em uma espécie de ataque militar cibernético.
Segundo documentos apresentados pela agência, o malware seria "pior" do que o stuxnet, que especialistas afirmam ter sido criado pelo governo americano em 2012 com a mesma finalidade: prejudicar o programa nuclear iraniano.
"O chefe de espionagem saudita, príncipe Bandar bin, o sultão bin Abdulaziz Al Saud e o diretor da Inteligência israelense, Tamir Bardo, enviaram representantes para um encontro em Viena no dia 24 de novembro, no qual fortaleceram sua cooperação para sabotar as operações do programa nuclear iraniano", publicou a Fars.
As intenções do desenvolvimento de um novo malware seria "espiar e destruir softwares da administração do programa nuclear iraniano", de acordo com as fontes da agência.
Ainda segundo a reportagem, o plano seria financiado com cerca de US$ 1 milhão (cerca de R$ 2,3 milhões), provavelmente com apoio americano.
Enviados do Irã e de seis potências mundiais vão se reunir na próxima semana para começar a trabalhar nas medidas para implementar um acordo sob o qual Teerã terá que restringir seu programa nuclear em troca de alívio das sanções, disse um dos principais negociadores do Irã.
O histórico acordo preliminar firmado em 24 de novembro entre a República Islâmica e os Estados Unidos, França, Alemanha, China, Rússia e Grã Bretanha é considerado como um primeiro passo na direção de resolver uma disputa que já dura uma década e que provocou temores de uma nova guerra no Oriente Médio.
Com informações da Reuters