Irã fornece jatos ao Iraque e ajuda no combate a rebeldes

Análise de aviões recebidos pelo Iraque nesta semana indica que eles vieram de país vizinho

2 jul 2014 - 18h37
Vídeos divulgados pela internet por autoridades iranianas mostram os jatos de combate em uso no Iraque
Vídeos divulgados pela internet por autoridades iranianas mostram os jatos de combate em uso no Iraque
Foto: BBC News Brasil

O Irã forneceu jatos militares ao Iraque para ajudar no combate a rebeldes sunitas liderados pelo grupo rebelde Isis, segundo análises de fotografias feitas pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês).

A Rússia já havia fornecido jatos ao Iraque há alguns dias, mas segundo analistas do IISS, uma nova entrega ocorreu em 1º de julho e veio do Irã.

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Joseph Dempsey, analista do IISS, estudou as imagens de vídeos das aeronaves divulgados por autoridades iraquianas.

Ele disse à BBC acreditar que algumas delas - os jatos militares de combate Sukhoi Su-25 "Frogfoot", de fabricação russa - que estão em uso hoje no Iraque, são de origem iraniana.

"As marcas, números de série e camuflagem batem com as das aeronaves iranianas", diz Dempsey.

Isso significa que este momento de adversidade uniu dois improváveis aliados: o Irã e os Estados Unidos.

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Os americanos também enviaram helicópteros e robôs aéreos ao Iraque e estão coletando informações sobre os membros do Isis.

Ajuda externa

O Irã mantém um pequeno número de jatos Su-25, que são operados pela Guarda Revolucionária.

Ironicamente, a maior parte desses jatos pertencia à Força Aérea do Iraque. Sete pilotos - iraquianos - tinham buscado refúgio no Irã durante a primeira Guerra do Golfo.

Ao contrário do que queriam os iraquianos, essas aeronaves ficaram retidas no Irã e incorporadas à sua força aérea.

No entanto, é mais difícil determinar quem está de fato pilotando os jatos.

Segundo Dempsey, "apesar do Iraque ter certo conhecimento de como operar essas aeronaves, porque já o fez no passado, seus pilotos não teriam experiência do voo com elas pelo menos nos últimos 11 anos".

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"Isso indica que deve haver algum tipo de apoio externo", diz ele.

Foto: BBC News Brasil

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