O Irã afirmou aos Estados Unidos que o ataque aéreo no qual um general iraniano morreu na Síria na semana passada cruzou a "linhas vermelhas" e que a República Islâmica vai retaliar, disse um representante de alto escalão do governo iraniano nesta terça-feira, segundo a agência de notícias Irna.
"Dissemos aos norte-americanos que os líderes do regime sionista devem esperar pelas consequências de seus atos", disse o vice-chanceler iraniano, Hossein Amir Abdollahian.
O general da Guarda Revolucionária Iraniana, Mohammed Allahdadi, foi morto junto a um comandante do Hezbollah e o filho de um ex-líder militar do grupo, Imad Moughniyeh, em 18 de janeiro, quando um comboio do Hezbollah foi atacado perto das Colinas de Golã, região ocupada por Israel.
Uma graduada fonte de segurança israelense disse que as forças de Israel acreditavam estar atacando guerrilheiros de baixo escalão. Israel não proferiu comentários oficiais sobre o ataque.
“Nesta mensagem aos norte-americanos, dissemos que o regime sionista cruzou nossas linhas vermelhas", afirmou o vice-chanceler iraniano.
Abdollahian disse que o Irã entregou a mensagem a representantes dos EUA através de canais diplomáticos. Os dois países não mantêm relações diplomáticas diretas desde a revolução de 1979 no Irã, mas os EUA têm participado das negociações internacionais com Teerã a respeito de seu programa nuclear. Os interesses dos norte-americanos são representados pela missão suíça em Teerã.
O alerta de Abdollahian ecoou os avisos feitos por comandantes da força iraniana Basij durante uma cerimônia nesta terça-feira em homenagem a Allahdadi.
"Os sionistas devem saber que estão se aproximando de sua destruição. Eles devem estar completamente preparados porque não vão mais ter paz”, disse o general-brigadeiro Mohammad Reza Naghdi, segundo a agência de notícias Isna.