Os bombardeios da aviação americana sobre posições do Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque foram "bastante efetivos", considerou neste sábado o ministro das Relações Exteriores do Iraque, o curdo Hoshiyar Zebari.
Em entrevista coletiva, Zebari destacou que, desde que começaram os ataques aéreos dos Estados Unidos nos arredores de Erbil - a capital do Curdistão - na sexta-feira, "a atmosfera mudou completamente" e os "peshmergas" (tropas curdas) passaram para a ofensiva.
Acrescentou que os bombardeios têm como objetivo reduzir as capacidades dos terroristas e alcançar conquistas estratégicas.
Os EUA iniciaram seus ataques "específicos" contra posições do EI com duas rodadas de bombardeios e deixaram aberta a possibilidade de novas investidas para proteger o país da "ameaça" jihadista.
Dois aviões Hornet F/A-18 lançaram bombas de 230 quilos contra duas peças da artilharia dos jihadistas do EI, que tinham disparado contra os defensores curdos de Erbil, cicidade que conta com a presença de funcionários e militares americanos.
O Pentágono acrescentou posteriormente que uma segunda rodada de ataques aéreos aconteceu, na qual drones e quatro aviões F/A-18 foram utilizados para atacar "posições terroristas de lançamento de morteiros" e um comboio de sete veículos, também nos arredores de Erbil.
O ministro das Relações Exteriores reconheceu que até agora o governo de Bagdá não tinha conseguido colaborar militarmente com os "peshmergas", mas que, a partir de agora, "está claro que ambos os grupos enfrentam um inimigo comum".
Além disso, Zebari agradeceu a solicitação do Conselho de Segurança da ONU para uma ação internacional urgente e pediu que não se subestime o Estado Islâmico, um grupo considerado mais perigoso que muitas organizações terroristas.