Iraque: Parlamento inicia sessão para formar novo governo

Governantes de grandes potências e líderes religiosos pediram união contra a ofensiva que já fez mais de 2 mil vítimas

1 jul 2014 - 07h39
(atualizado às 07h43)
<p>Bandeira do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que assumiu o controle de várias regiões de cinco províncias ao norte e oeste de Bagdá</p>
Bandeira do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que assumiu o controle de várias regiões de cinco províncias ao norte e oeste de Bagdá
Foto: AP

O Parlamento iraquiano iniciou nesta terça-feira a legislatura para formar um novo governo em plena ofensiva dos jihadistas sunitas que dificulta a reeleição do primeiro-ministro Nuri al Maliki.

Os deputados eleitos em 30 de abril têm que designar primeiro o presidente do Parlamento e em um prazo de 30 dias um presidente da República, que por sua vez designará um primeiro-ministro.

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O bloco do primeiro-ministro Nuri al-Maliki, que aspira um terceiro mandato, venceu as eleições.

Mas a continuidade de Maliki à frente do governo é uma dúvida, em um momento de avanço da insurgência liderada pelos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que assumiram o controle de várias regiões de cinco províncias ao norte e oeste de Bagdá.

Os governantes das grandes potências e importantes líderes religiosos pediram às diversas facções políticas iraquianas uma união contra a ofensiva, que já deixou mais de 2.000 mortos e aumentou a tensão entre as três principais comunidades do país: xiitas, sunitas e curdos.

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O Iraque pede ataques aéreos americanos para conter a ofensiva e adquiriu mais de 10 aviões de combate russos. Mas Washington, que reforçou a segurança de sua embaixada na segunda-feira, não aceitou a solicitação até o momento e anunciou o adiamento da entrega de caças F-16.

O primeiro-ministro xiita Maliki foi criticado pela oposição por ser considerado sectário e concentrar o poder, o que provoca um ressentimento entre a minoria sunita e estimula o avanço insurgente.

Muitos analistas consideram que a ofensiva insurgente minou as possibilidades de reeleição de Maliki.

Foto: Arte Terra

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