O Iraque pediu a uma coalizão militar liderada pelos Estados Unidos no domingo para utilizar o poder aéreo para proteger antiguidades do país de roubos e destruição por parte de combatentes do Estado Islâmico de alguns dos maiores tesouros arqueológicos do mundo.
Um ministro do governo disse que a coalizão, que realizou 2.800 ataques aéreos contra posições militares do Estado Islâmico no Iraque e na Síria desde agosto, não estava fazendo o suficiente para salvar a inestimável herança do Iraque.
Os militantes ultraradicais atacaram a cidade de Hatra, de 2.000 anos, no norte do Iraque no sábado, disseram as autoridades, dias depois de terem atacado a antiga cidade assíria de Nimrud.
Um vídeo mostrou os homens saqueando um museu em Mosul, quebrando estátuas e esculturas.
A destruição tem atraído condenação global, com a Organização das Nações Unidas descrevendo os danos à rica história do Iraque como um crime de guerra. Os protestos, no entanto, não pararam o tumulto.
O ministro iraquiano de Turismo e Antiguidades, Adel Shirshab, disse que apenas a coalizão liderada pelos Estados Unidos poderia pôr fim à destruição.
"O nosso espaço aéreo não está em nossas mãos. Está em suas mãos", disse ele a repórteres. "Eu estou pedindo à comunidade internacional e à coalizão para ativar seus ataques aéreos e mirar o terrorismo onde quer que exista."
Shirshab e o chefe do órgão estatal do Iraque para antiguidades e herança disseram que as autoridades iraquianas ainda estavam tentando avaliar a extensão dos danos.