O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, descartou nesta quarta-feira a formação de um governo de unidade nacional de emergência para lutar contra os insurgentes sunitas, que anunciaram uma aliança com a Al-Qaeda em uma cidade fronteiriça com a Síria.
Com a aliança, os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) tomam o controle da passagem fronteiriça de Bukamal, no lado sírio do posto de Al-Qaim, no Iraque, que já controlam.
Ao mesmo tempo, em Bagdá, o primeiro-ministro Nuri al-Maliki excluiu a formação de um governo de unidade nacional de emergência, apesar das pressões neste sentido de seus aliados ocidentais, especialmente dos Estados Unidos.
As grandes divergências que existiam no país, mesmo antes da ofensiva jihadista, impediram que o partido de Maliki, que venceu as eleições de abril, formasse um governo.
"Como todos sabem, é um momento crítico para o Iraque e o principal desafio é a formação de um governo", havia afirmado o secretário americano de Estado, John Kerry, na terça-feira.
Washington prometeu o envio de 300 conselheiros militares ao Iraque, e 40 deles já começaram a trabalhar na terça-feira. No entanto, se distanciou da postura de Maliki, de confissão xiita, a quem apoiou nas primeiras eleições que venceu em 2006 e novamente em 2010, já que considera que a exclusão das outras confissões religiosas do governo propiciou o conflito.
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Por sua vez, em Bruxelas os 28 países membros da Otan se reuniram para discutir sobre o Iraque, entre outros assuntos, e as capitais ocidentais não escondem sua inquietação pelo avanço dos jihadistas.
John Kerry, que chegou a Bruxelas na noite de terça-feira após uma visita ao Iraque, compartilhou sua "preocupação pela ameaça que o EIIL representa".
Em terra, a facção síria da Al-Qaeda, a Frente al-Nosra, "se aliou com o EIIL durante a madrugada desta quarta-feira" e com isso o grupo agora controla os dois lados da fronteira, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Um jihadista do EIIL confirmou a informação no Twitter e publicou uma foto do líder da Frente al-Nosra com o chefe do EIIL.
Com esta aliança entre os dois antigos rivais o EIIL avança em sua ambição de criar um Estado islâmico na porosa fronteira entre os dois países, um dos quais vive em guerra há três anos e o outro está afundado no caos há algumas semanas.
De acordo com o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, "esta aliança gerará tensões com os outros grupos rebeldes, incluindo os islamitas", que frequentemente estão em desacordo com os excessos do EIIL, conhecidos por sua extrema violência. Nesta semana publicaram na internet fotografias que mostravam dezenas de cadáveres, segundo o grupo, de soldados iraquianos.
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Nesta quarta-feira foram registrados novos ataques no norte do Iraque, especificamente contra dois templos xiitas que foram bombardeados na cidade de Sharijan, ao norte de Mossul, cidade que está nas mãos dos insurgentes, embora não tenham deixado nenhuma vítima.
Os insurgentes controlam Mossul, a segunda cidade do Iraque, uma grande parte da província na qual se encontra, Nínive (norte), Tikrit e zonas das províncias de Saladino (norte), Diyala (leste), Kirkuk (norte) e Al-Anbar (oeste), fronteiriça com a Síria, onde têm quatro cidades sob seu poder.
Desde o início da ofensiva lançada pelos insurgentes sunitas no dia 9 de junho, muitos soldados iraquianos desertaram e alguns deles abandonaram seus postos e também seus uniformes.
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06 de junho - Jovens iraquianos observam os danos causados após a explosão de um carro-bomba na cidade de Kirkuk
Foto: AFP
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08 de junho - Imagem de propaganda do EIIL. Militantes lutaram contra forças iraquianas em Tikrit, em 11 de junho, após os jihadistas tomarem a faixa norte do país, incluindo a cidade de Mossul
Foto: AFP
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08 de junho - Imagem retirada de uma propaganda veiculada no dia 08 de junho pelo grupo EIIL mostra militantes perto da cidade iraquiana de Tikrit
Foto: AFP
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10 de junho - Família iraquianas se reúnem em um posto de controle curdo, em uma região autônoma do Curdistão. Elas fogem da violência presente na província de Nínive, no Iraque
Foto: AFP
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10 de junho - Foto tirada de um celular mostra um homem armado assistindo a um veículo militar em chamas, em Mossul
Foto: AFP
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11 de junho - Imagem divulgada pelo grupo EIIL, mostra militantes indo a um local não revelado, na província de Nínive, no Iraque
Foto: AFP
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11 de junho - Imagem divulgada por um perfil de notícias jihadista no Twitter mostra um militante do grupo EIIL segurando uma arma na fronteira sírio-iraquiana
Foto: AFP
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11 de junho - Imagem disponibilizada pelo perfil de notícias jihadistas Al-Baraka mostra militantes do EIIL pendurando uma bandeira da Jihad Islâmica em um poste no topo de um antigo forte militar, na aldeia de Al Siniya
Foto: AFP
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11 de junho - Iraquianos limpam as ruas depois de um ataque suicida de um homem-bomba, em uma tenda, onde líderes tribais xiitas estavam reunidos, na cidade de Sadr, no norte de Bagdá
Foto: AFP
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11 de junho - Um grupo de curdos são vistos sentados dentro de um veículo, estacionado próximo à cidade de Mossul, no Iraque. No dia 10 de junho, militantes sunitas invadiram a cidade.
Foto: AFP
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11 de junho - Parte do uniforme de um membro do Exército iraquiano é visto no chão, em frente a restos de um veículo militar queimado, a 10 km da cidade de Mossul
Foto: AFP
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12 de junho - Membros do grupo Asaib Ahl al-Haq carregam caixão de colega morto em Najaf durante confrontos com o grupo rebelde Estado Islâmico e o Levante (EIIL) na província de Salahuddin
Foto: Reuters
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12 de junho - Soldado do grupo insurgente Estado Islâmico e o Levante (EIIL) monta guarda em posto de controle em Mossul
Foto: Reuters
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12 de junho - Forças especiais da polícia capturam homens armados na cidade iraquiana de Tikrit
Foto: Reuters
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12 de junho - Dezenas de famílias deixam Mossul em direção a cidades curdas por causa da escalada da violência na região
Foto: Reuters
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12 de junho - Voluntários que se juntaram ao Exército iraniano para lutar contra os insurgentes sunitas que tomaram controle da cidade de Mossul viajam em caminhão militar para Bagdá
Foto: Reuters
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12 de junho - Membros das forças de segurança iraquianas posam para foto em Bagdá
Foto: Reuters
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12 de junho - Insurgentes montam guarda em posto de controle na cidade iraquiana de Mossul
Foto: Reuters
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15 de junho - Voluntários se unem ao exército iraquiano para combater militantes sunitas do EIIL
Foto: Reuters
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16 de junho - Voluntários se juntam ao exército iraquiano para combater os militantes predominantemente sunitas
Foto: Reuters
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16 de junho - Combatentes xiitas participam de mais um treinamento em estilo militar, em Najaf
Foto: Reuters
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17 de junho - Combatentes do Exército Mehdi marcham durante um treinamento em estilo militar na cidade sagrada de Najaf
Foto: Reuters
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17 de junho - Pessoas se reúnem em local onde um ataque com carro-bomba deixou 13 mortos e 30 feridos em Bagdá
Foto: Reuters
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17 de junho - Combatentes xiitas marcham em treinamento em estilo militar na cidade sagrada de Najaf
Foto: Reuters
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17 de junho - Combatentes tribais gritam palavras de luta enquanto carregam armas em um desfile nas ruas de Najaf, ao sul de Bagdá
Foto: Reuters
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19 de junho - soldados desfilam dentro do principal centro do Exército durante uma campanha de recrutamento de voluntários para o serviço militar em Bagdá, Iraque
Foto: AP
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19 de junho - homens iraquianos chegam ao principal centro de recrutamento do Exército de voluntários para o serviço militar em Bagdá, após autoridades pedirem ajuda ao povo iraquiano no combate aos insurgentes
Foto: AP
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19 de junho - centenas de homens mobilizam-se para lutar contra os insurgentes do Estado Islâmico e do Levante, em Bagdá
Foto: AP
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19 de junho - voluntários das recém-formadas "Brigadas de Paz" participam de um desfile na cidade xiita de Najaf, no Iraque
Foto: AP
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20 de junho - seguidores do clérigo xiita Muqtada al-Sadr realizam orações ao ar livre no reduto xiita da cidade de Sadr, em Bagdá
Foto: AP
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20 de junho - militares das "Brigadas de Paz" participam de desfile no sul da cidade sagarada de Najaf
Foto: AP
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22 de junho - mulher iraquiana banha seu filho em um acampamento para deslocados internos que fugiram de Mossul e outras cidades tomadas pelos insurgentes do Estados Islâmico e do Levante
Foto: AP
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