Novos ataques atingiram o Iraque, fazendo pelo menos oito mortos nesta quinta-feira, aniversário de 11 anos da invasão do país pelos Estados Unidos. Nesta quarta-feira, houve uma onda de violência que deixou cerca de 50 mortos, segundo informações locais.
As autoridades lutam para interromper o ciclo de violência, o pior desde 2008, que já fez mais de 2 mil mortes este ano, a poucas semanas das eleições parlamentares marcadas para 30 de abril.
Os ataques têm sido cometidos principalmente por insurgentes sunitas, alimentados pelo conflito na vizinha Síria e pelo descontentamento da minoria sunita no Iraque, que se sente discriminada pelas forças de segurança e o governo dominado por xiitas.
Em 20 de março de 2003, uma coalizão liderada pelos Estados Unidos invadiu o Iraque e derrubaram o então presidente Saddam Hussein, que foi, então, condenado à morte e executado pela justiça iraquiana.
A presença por mais de oito anos, até dezembro de 2011, das forças internacionais não impediu os ataques quase diários realizados principalmente por grupos ligados à Al-Qaeda e os confrontos sectários (2006-2007), que fizeram dezenas de milhares de mortos.
Após a partida das tropas americanas, a violência não parou de aumentar desde o início de 2013, em meio a uma crise política marcada por acusações de nepotismo e despotismo contra o primeiro-ministro Nuri al-Maliki.
Os atentados a bomba nesta quinta-feira em Bagdá, nas províncias de Kirkuk e Salahuddin, ao norte da capital e na cidade de Ramadi, a oeste, fizeram oito mortos, de acordo com as autoridades de segurança e fontes médicas.
No dia anterior, uma onda de ataques matou 46 pessoas em todo o país, de acordo com o mais recente balanço de vítimas.
Mais de 300 pessoas foram mortas desde o início de março, segundo um balanço estabelecido pela AFP a partir de fontes da segurança e médicas.
Especialistas e diplomatas pedem ao governo para dar atenção à minoria sunita, mas com a aproximação das eleições os líderes não querem dar a impressão de ser fracos por fazer concessões.