Israel ataca Gaza em resposta a lançamento de 3 mísseis

Após disparos, autoridades israelenses ordenaram a retirada de porta-vozes no Cairo

19 ago 2014 - 11h18
(atualizado às 11h21)
O premiê israelense disse que o estado está preparado para qualquer cenário
O premiê israelense disse que o estado está preparado para qualquer cenário
Foto: Emil Salman / AP

O exército israelense lançou um ataque aéreo contra a Faixa de Gaza pela primeira vez depois de dias, em resposta aos disparos de foguetes contra Israel, informaram testemunhas e as forças de segurança palestinas.

Em comunicado no qual não revelou os lugares atacados, o porta-voz militar Peter Lerner se limitou a dizer que, em resposta à agressão, "o exército continuará atacando infraestruturas terroristas e eliminando sua capacidade em Gaza para restabelecer a segurança no Estado de Israel".

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O ataque israelense visou aos arredores de Beit Lahiya, no norte do território palestinos, e ainda não há informações sobre vítimas. 

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou que o exército respondesse aos disparos lançados de Gaza na manhã desta terça-feira. Não houve vítimas fatais dos foguetes palestinos.

Até o momento, nenhuma das milícias palestinas reivindicou essa ação, que, por sua vez, coloca em risco as negociações que há dias são realizadas na capital egípcia.

Fim de conversa no Cairo por disparos

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Israel ordenou nesta terça-feira o retorno de seus emissários enviados ao Cairo para negociar com os palestinos uma extensão do cessar-fogo na Faixa de Gaza, indicou uma autoridade israelense.

Esta decisão acontece após a retomada dos disparos de foguetes palestinos em meio à trégua.

As conversas pareciam progredir de maneira favorável até esta manhã, tendo em vista que a imprensa israelense chegou a assegurar que o governo de Israel já tinha aceitado o levantamento paulatino do bloqueio econômico e do assédio militar a Gaza.

Posteriormente, uma autoridade palestina acrescentou que os negociadores israelenses também pareciam predispostos a ceder em suas exigências o desarmamento das milícias, item que poderia ser substituído por garantias de que as milícias não voltariam a se armar.

No entanto, em paralelo à violação do cessar-fogo, Fawzi Barhum, porta-voz do movimento islamita Hamas, voltou a advertir o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre as duras consequências relacionadas ao fracasso das negociações.

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"Se Netanyahu não entende bem a mensagem e as reivindicações de Gaza através do diálogo político, sabemos muito bem qual é a via para fazer com que entenda", ameaçou Barhum em uma declaração divulgada à imprensa via e-mail.

Com informações da EFE, Reuters e AFP. 

Israel X Hamas: compare o poder bélico

Fonte: Terra
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