Uma comissão ministerial de Israel deu o primeiro passo legal para que que a eutanásia ativa seja autorizada dentro do sistema legal de Israel, com a aprovação neste domingo de um projeto de lei conhecido como "morte por prescrição médica."
O projeto, aprovado pela comissão de ministros para Assuntos Legislativos e que deve ser votado no parlamento nos próximos meses, estabelece que qualquer paciente que tiver diagnosticado uma doença que o coloque com menos de seis meses de vida poderá solicitar ao médico um remédio que causa a morte por overdose.
"Esta é uma lei avançada que coloca Israel na vanguarda de países ilustrados", disse o deputado Ofer Shelah, do partido laico Yesh Atid.
Segundo o deputado, se trata de "um problema que a sociedade deve enfrentar, e a necessidade de uma lei é maior conforme cresce a expectativa de vida e a tecnologia avança."
O texto aprovado hoje eximirá os médicos de toda responsabilidade legal pela morte do paciente.
Até agora, Israel tinha a eutanásia passiva, ou seja, a suspensão de tratamento médico para pacientes terminais que fizessem um pedido formal quando ainda estivessem em plenas faculdades mentais.
A aprovação do projeto causou indignação nos ministros do partido de extrema direita Lar Judeu, dirigidos por Naftali Bennett, que afirmaram que irão apresentar uma apelação à secretaria do governo.
A apelação deixará nas mãos do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a decisão de manter a tramitação normal do projeto.