Israel desmobiliza 30 mil reservistas para ofensiva em Gaza

Enquanto a trégua de 72 horas se mantém em Gaza, autoridades do Ocidente propõem missão da UE na região e o Netanyahu culpa Hamas por sofrimento

6 ago 2014 - 14h45
(atualizado às 14h45)
Mais de 30 mil soldados israelenses foram dispensados para conflitos em Gaza
Mais de 30 mil soldados israelenses foram dispensados para conflitos em Gaza
Foto: Amir Cohen / Reuters

O exército israelense desmobilizou cerca de 30 mil reservistas que havia convocado para a ofensiva Limite Protetor em Gaza, informou nesta quarta-feira a mídia local. 

O total dispensado soma mais de um terço dos 82.102 reservistas que o exército convocou em 8 de julho, a maioria para substituir as forças regulares nas fronteiras e no território ocupado da Cisjordânia.

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A desmobilização coincide com a segunda jornada de trégua, de um total de três dias, entre Israel e as milícias palestinas em Gaza, enquanto seus negociadores procuram chegar a um acordo sob mediação do Egito.

Durante os 29 dias de conflito entre o Hamas e o exército israelense, o "Limite Protetor de Israel" transferiu para Gaza quase a totalidade de suas brigadas de infantaria em serviço ativo. Esta foi uma das maiores operações militares das últimas décadas e a maior ofensiva em Gaza desde 1967.

O governo israelense chegou a autorizar ao exército a mobilização de 87.606 militares.

A ofensiva deixou mais de 1.800 palestinos mortos, a maioria civis. Do lado israelense, 67 pessoas morreram, a maior parte militares.

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Ocidente propõe reabertura de missão da UE em Gaza

Nesta quarta-feira, Alemanha, França e Grã-Bretanha propuseram a reativação de uma missão da União Europeia na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito para ajudar a estabilizar o enclave palestino após um mês de guerra, disse uma fonte diplomática da Alemanha nesta quarta-feira.

A fonte disse que o ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, e seu homólogos em Paris e Londres são a favor de que sejam restauradas as operações da UE na passagem de Rafah, principal janela entre Gaza, com 1,8 milhão de habitantes. 

A chamada Missão de Assistência de Fronteira da UE em Rafah teve início em 2005 com o objetivo de monitorar o posto de controle, como parte de um acordo trabalhado por Israel e a Autoridade Palestina, apoiada pelo Ocidente. A operação foi interrompida dois anos depois quando o militantes do Hamas assumiram o controle da Faixa de Gaza.

Netanyahu: Hamas é responsável por sofrimentos em Gaza

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que o Hamas é o responsável pelos sofrimentos na Faixa de Gaza.

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"É o Hamas que é o responsável pela destruição e as mortes na Faixa de Gaza", afirmou o primeiro-ministro à imprensa, durante o segundo dia de trégua provisória no território palestino.

Com informações da AFP, Reuters e EFE. 

Israel X Hamas: compare o poder bélico

Fonte: Terra
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