Israel está preparado para ampliar "significativamente" sua ofensiva terrestre contra militantes na Faixa de Gaza, disse nesta sexta-feira o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Milhares de soldados israelenses invadiram Gaza na quinta-feira à noite, apoiados por tanques e disparos de artilharia. A decisão de enviar tropas ao território ocorreu após 10 dias de ataques aéreos de Israel e o disparo intenso de foguetes por militantes em Gaza.
"Na noite passada, nossas forças iniciaram uma operação terrestre para atingir os túneis de terror que atravessam Gaza para território de Israel", disse Netanyahu em uma sessão especial do gabinete transmitida ao vivo pela televisão.
"Não é possível atingir os túneis somente pelo ar", disse ele. "Minhas instruções... são preparar para a possibilidade de ampliar significativamente a operação terrestre, e os militares estão se preparando de tal forma".
Ao menos 24 pessoas e um soldado israelense morreram desde o início da ofensiva terrestre, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Os mortos incluem três crianças palestinas mortas por um tiro de tanque no norte de Gaza, disseram médicos.
Netanyahu disse que a operação ocorreu após Israel ter concordado com uma proposta de cessar-fogo egípcia e uma trégua humanitária de cinco horas a pedido da Organização das Nações Unidas (ONU).
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"Em ambos os casos, o Hamas continuou a disparar", disse o premiê.
O Hamas, grupo palestino que controla Gaza, disse que Israel "pagará um preço alto" pela invasão. Mesmo após o início da ofensiva, foguetes teriam sido disparados de Gaza contra o sul de Israel, disseram autoridades israelenses.
Ao menos 258 palestinos, a grande maioria civis, morreram desde o início da operação israelense em 8 de julho, disseram autoridades de Gaza.
Um civil israelense morreu após ser atingido por um morteiro, e vários israelenses ficaram gravemente feridos, segundo médicos israelenses.
Túneis
O Exército israelense disse, em comunicado, que o objetivo da operação é "estabelecer uma realidade em que os residentes de Israel possam viver em segurança e sem terror contínuo indiscriminado".
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"Depois de dez dias de ataques do Hamas por terra, ar e mar, e depois de repetidas rejeições de ofertas de acalmar a situação, a IDF [Forças de Defesa de Israel] iniciou uma operação terrestre dentro da Faixa de Gaza", disse a nota.
Segundo autoridades israelenses, a fase inicial da operação tem como alvo túneis escavados pelo Hamas sob a fronteira com Israel que seriam usados para ataques.
Na quarta-feira, 13 militantes se infiltraram em Israel através de um túnel com o objetivo de atacar um kibutz -pequena comunidade israelense economicamente autônoma, informaram autoridades israelenses. O Exército disse que matou pelo menos um dos militantes.
O porta-voz militar, general Moti Almoz, disse que a ofensiva terrestre foi a segunda fase da operação Margem Protetora após dias de ataques aéreos.
"Peço aos moradores de Gaza que se retirem de áreas nas quais o Exército está operando. Esta operação durará enquanto for necessário".
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Momentos antes do anúncio da ofensiva terrestre, jornalistas em Gaza foram avisados pelo governo israelense para se abrigar.
Reservistas
Na quinta-feira à noite, Israel aprovou a convocação de mais de 18 mil reservistas, elevando para 65 mil o total de militares adicionais convocados desde 8 de julho.
O chefe do Hamas, Khaled Meshaal, disse que a operação terrestre israelense estava "destinada ao fracasso".
"O que o ocupante Israel não conseguiu alcançar através de seus ataques aéreos e marítimos, não será capaz de alcançar com uma ofensiva terrestre", disse ele.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que a operação terrestre levaria a "mais derramamento de sangue" e pediu que Israel interrompa sua operação.
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Israel diz que já realizou mais de 1.960 ataques contra Gaza desde 8 de julho, enquanto militantes dispararam cerca de 1.380 foguetes contra Israel.
A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que pelo menos 1.370 casas foram destruídas em Gaza e mais de 18 mil pessoas deslocadas.
Segundo a ONU, a maioria dos mortos em Gaza é civil.
Conheça um pouco mais sobre a região, que tem um quarto do tamanho do município de São Paulo, mas uma enorme importância para a história do Oriente Médio
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12 de junho - Três adolescentes desapareceram na Cisjordânia. Exército israelense estabeleceu controle nas estradas da região de Gush Etzion e de Hebron e fez batidas em um bairro da localidade palestina de Dura, ao sudoeste de Hebron, para encontrá-los.
Foto: AP
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14 de junho - Israel detém 80 palestinos e bloqueia Cisjordânia durante busca por adolescentes. Exército israelense informou do "fechamento de todo o distrito da Judeia e Samaria
Foto: Nasser Shiyoukhi
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15 de junho - Chefe do Parlamento palestino e membro do Hamas, Aziz Dweik foi preso por tropas de Israel, durante uma onda de prisões ligadas a uma caçada em massa por três adolescentes sequestrados.
Foto: AFP
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18 de junho - Soldados israelenses entram em uma casa à procura de três adolescentes israelenses desaparecidos, que temem terem sido sequestrados por militantes palestinos, na aldeia de Taffouh perto da cidade de Hebron
Foto: AP
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20 de junho - Soldados israelenses participam de operação de buscas na Cisjordânia. Durante a operação, o exército israelense deteve 25 palestinos na Cisjordânia
Foto: Reuters
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20 de junho - Como retaliação ao sequestro dos adolescentes israelenses, exército israelense mata adolescente palestino. Jovem foi baleado no peito e morreu em um hospital de Hebron
Foto: AFP
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22 de junho - Exército israelense continua operação contra o movimento islamita Hamas por causa do desaparecimento de três jovens judeus há nove dias. Outros dois palestinos são mortos em ações do Exército israelense
Foto: AP
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22 de junho - Adolescente israelense morre em explosão nas Colinas de Golã. Fato na Colinas de Golã (foto) coincide com uma espiral de tensão na região pelo suposto sequestro de três adolescentes israelenses em um cruzamento da Cisjordânia
Foto: Wikimedia
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29 de junho - Milhares de israelenses se reúnem para uma manifestação pedindo a libertação dos três adolescentes israelenses em falta, temidos raptadas na Cisjordânia em 12 de junho, em Tel Aviv, Israel
Foto: Oded Balilty
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29 de junho - Uma mulher israelense detém um cartaz com fotos dos três adolescentes israelenses em falta, temidos raptadas na Cisjordânia em 12 de junho
Foto: Oded Balilty
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30 de junho - Milicianos palestinos dispararam no começo da manhã desta segunda-feira 16 foguetes contra o sul de Israel, em uma nova reviravolta a uma escalada que começou com o suposto sequestro de três adolescentes na Cisjordânia.
Foto: Reuters
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30 de junho - As forças de segurança israelenses encontraram nesta segunda-feira os corpos de três adolescentes que desapareceram na Cisjordânia no começo do mês e confirmaram que de fato se trata dos estudantes seminaristas procurados desde 12 de junho
Foto: Oded Balilty
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01 de julho - Jovem palestino Yussuf Abu Zagher, 18 anos, foi morto pelo Exército israelense, em um ataque contra o campo de refugiados de Jenin, no extremo-norte da Cisjordânia
Foto: Mohammed Ballas
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01 de julho - Israel bombardeou dezenas de locais na Faixa de Gaza, atacando alvos do Hamas depois da descoberta dos corpos de três adolescentes cujo sequestro e morte o país atribuiu ao grupo militante palestino
Foto: Nasser Shiyoukhi
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01 de julho - Milhares de israelenses participam dos funerais pelos três adolescentes israelenses que foram sequestrados em 12 de junho na Cisjordânia
Foto: Gil Cohen Magen
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02 de julho - Pessoas observam os escombros da casa do palestino Ziad Awad, no sul da Cisjordânia. Israel demoliu a casa do palestino, preso este mês sob a acusação de ter matado à bala um policial israelense à paisana em abril, informou o Exército
Foto: Reuters
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03 de julho - Exército israelense confirmou que a Força Aérea atacou posições islamitas em represália ao disparo de cerca de 20 foguetes da Faixa de Gaza
Foto: Mohammed Salem
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04 de julho - Milhares de pessoas acompanharam a cerimônia entoando hinos e brandindo bandeiras; palestinos e policiais voltaram a entrar em confronto pelo terceiro dia consecutivo. Palestinos enfrentam a polícia israelense em um bairro árabe de Jerusalém
Foto: Baz Ratner
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07 de julho - Sete combatentes palestinos morreram e dois eram considerados desaparecidos após ataques na aéreos israelenses na madrugada de domingo para segunda-feira na Faixa de Gaza
Foto: Hatem Moussa
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08 de julho - Pelo menos 25 palestinos, incluindo crianças, morreram e quase 100 outros ficaram feridos em ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, executados em resposta aos disparos de foguetes, de acordo com o serviço de emergência palestino.
Foto: AFP
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