Um general iraniano morto durante um ataque aéreo de Israel na Síria não era o alvo pretendido, e Israel acreditava estar atacando somente combatentes de baixo escalão, disse uma fonte de segurança nesta terça-feira.
Os comentários da fonte israelense, que pediu para não ser identificada uma vez que Israel não confirmou oficialmente ter conduzido o ataque, pareciam ser destinados a apaziguar qualquer escalada da tensão com o Irã ou o grupo libanês Hezbollah.
O general da Guarda Revolucionária iraniana Mohammed Allahdadi foi morto junto com um comandante do Hezbollah e o filho de um falecido líder militar do grupo, Imad Moughniyeh, em um ataque no domingo contra um comboio do Hezbollah, perto das Colinas de Golã, região ocupada por Israel.
O Hezbollah, que é apoiado pelo Irã e lutou uma guerra de 34 dias com Israel em 2006, disse que seis de seus integrantes morreram no ataque.
Teerã prometeu revidar. “Esses martírios provaram a necessidade de se insistir na jihad. Os sionistas devem esperar por relâmpagos destruidores”, disse nesta terça-feira o general-chefe da Guarda Revolucionária, Mohammad Ali Jafari, segundo a agência de notícias Fars.
Perguntada se Israel esperava por uma retaliação iraniana ou do Hezbollah, a fonte disse: “É quase certo que eles responderão. Estamos antecipando isso, mas penso ser uma suposição correta que uma escalada maior não é do interesse de nenhum lado.”
Tropas e civis no norte israelense estão em alerta elevado e Israel colocou em ação a unidade de seu escudo antimísseis Domo de Aço localizada perto da fronteira síria.