O grupo Estado Islâmico (EI) executou em praça pública uma ativista dos Direitos Humanos em Mossul, cidade que controlam no norte do Iraque, depois que ela criticou os jihadistas nas redes sociais, anunciaram nesta quinta-feira militantes e parentes.
De acordo com moradores e organizações de defesa dos direitos Humanos, Samira Saleh al-Naimi foi executada na segunda-feira. Uma fonte do necrotério de Mossul confirmou que seu corpo havia sido levado para o local neste dia.
"Eu estive em contato com o necrotério e, infelizmente, posso confirmar que ela está morta", declarou à AFP Hana Edward, renomada ativista iraquiana que conhecia a vítima.
Seus pais foram informados na terça-feira de que o corpo de sua filha estava no necrotério, relatou um vizinho do casal que falou sob condição de anonimato.
"Ela foi raptada há uma semana e seu corpo foi devolvido" na segunda-feira, informou por telefone este vizinho.
"Quando sua família perguntou o que ela tinha feito para merecer isso, foi informada de que (sua filha) deveria ter se arrependido por postar comentários no Facebook denunciando a destruição de santuários pelo EI", acrescentou.
O EI, que proclamou um califado nos territórios conquistados no Iraque e na Síria, defende um retorno às origens do Islã e já destruiu vários templos muçulmanos, pois condena o ato de venerar locais de sepultamento.
O Gulf Centre for Human Rights afirmou que a advogada Samira Saleh al-Nuaimi havia descrito como "barbárie" a destruição do patrimônio iraquiano.