Jihadistas viajam em cruzeiros para chegar ao Iraque e Síria

Segundo agente da Interpol, pelo menos 15 mil estrangeiros tentam se unir aos rebeldes

7 nov 2014 - 11h55
<p>Segundo agente da Interpol, mais de 15 mil pessoas estão viajando para lutar ao lado de extremistas no Oriente Médio</p>
Segundo agente da Interpol, mais de 15 mil pessoas estão viajando para lutar ao lado de extremistas no Oriente Médio
Foto: Stringer / Reuters

Simpatizantes da guerra extremista de grupos rebeldes como o Estado Islâmico estão utilizando mais um meio de transporte para conseguir chegar a países como Síria e Iraque: cruzeiros de navios. Após sistemas de segurança em rodoviárias e aeroportos conseguir impedir a viagem de dezenas de pessoas, a forma diferente de chegar ao destino final começou a ser utilizada há 3 meses, segundo a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). As informações são do Daily Mail.

A nova tática visa alguns países específicos, aos quais a Interpol se negou a revelar. Mas, se sabe que a Turquia é um alvo desses novos jihadistas por fazer fronteira com a Síria e onde autoridades já conseguiram capturar rebeldes em aeroportos e estações de ônibus.  

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Grupos rebeldes atraem, cada vez mais, ocidentais para a jihad
Foto: Karam al-Masri / AFP

Com os jihadistas “internacionais” viajando de cruzeiro por aí, autoridades de segurança vão começar a focar a vigilância não só em criminosos mais comuns nessas viagens (estupradores, assaltantes ou criminosos violentos), mas também em possíveis terroristas.

Pierre St. Hillaire, diretor de contraterrorismo da Interpol, disse que as evidências indicam que indivíduos, especialmente europeus, que tentam participar da jihad islâmica, viajam para cidades como Izmit, na costa da Turquia. “É um problema global, temos mais de 15 mil rebeldes de 81 países viajando para zonas de conflitos. Para prevenir esses intercâmbios estamos tentando identifica-los trocando informações entre regiões e agências de segurança nacional”, explicou.

Segundo Hillaire, a polícia internacional prepara um programa chamado I-Checkit, em que linhas aéreas compartilham informações sobre passageiros. A esperança, segundo ele, é de que, mais tarde, seja ampliado com informações de operadores de cruzeiro, bancos, hotéis e outros parceiros do setor privado.

Desvendando o Estado Islâmico

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Fonte: Terra
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