Jogadoras de futebol de Herat somem após ascensão do Talibã

ONG afirma que 15 atletas fugiram para Irã, mas seis ainda não foram localizadas

19 ago 2021 - 13h31
(atualizado às 13h37)
Jogadoras de Herat, no Afeganistão, retratadas no documentário 'Herat Football Club'
Jogadoras de Herat, no Afeganistão, retratadas no documentário 'Herat Football Club'
Foto: Reprodução

Ao menos seis jogadoras da equipe feminina de futebol de Herat, no Afeganistão, sumiram após a tomada de poder do grupo fundamentalista Talibã, informa a ONG italiana Cospe nesta quinta-feira, 19.

A entidade italiana, que tem sede em Florença, atuou com as jogadoras afegãs em diversos projetos até 2018 pessoalmente e, até este domingo, 15, tinha contato virtual com as jovens.

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Ainda conforme a ONG, 15 das atletas conseguiram fugir para o Irã.

"Assim que ficou claro o quão rápido era o avanço do Talibã, muitas conseguiram fugir e conseguiram chegar ao Irã. São meninas jovens e, para elas, o risco de violência e abusos dos talibãs é altíssimo. Infelizmente, de seis delas não temos notícias, nem da treinadora. Estamos muito preocupados", disse uma das representantes da ONG, Silvia Ricchieri.

Por conta do regime extremista que aplicaram no país entre os anos de 1996 e 2001, há o temor de que os talibãs voltem a violar todos os direitos das mulheres nesse novo governo.

Naquele período, elas eram proibidas de estudar, trabalhar e até de sair de casa sem o acompanhamento do marido ou do filho mais velho.

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Desde que tomaram o poder, no entanto, os fundamentalistas tentam mostrar uma moderação e, no caso de Herat, uma cidade cosmopolita próxima à fronteira iraniana, as aulas das jovens foram retomadas. No entanto, o futuro é bastante incerto para as mulheres.

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