A Jordânia anunciou nesta sexta-feira (6) que está decidida a combater o grupo extremista Estado Islâmico (EI) em todos os países onde atua, principalmente na Síria e no Iraque. De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Judeh, os bombardeios realizados ontem são apenas "o início" da ofensiva contra o EI, que recentemente queimou vivo o piloto jordaniano Muath al-Kasasbeh, capturado como refém em uma operação.
A ofensiva foi batizada de "Operação Mártir Muath" e, no primeiro dia, contou com ataques de "dezenas de caças", de acordo com um comunicado. Os bombardeios teriam "destruído" alvos do EI. Mas as autoridades não detalharam quais foram as baixas. As bombas lançadas pela aviação jordaniana continham mensagens de vingança escritas à mão pelos militares. "Mostraremos o inferno aos jihadistas", dizia um dos bilhetes.
A morte do piloto, após uma longa tentativa de negociação com os extremistas, gerou fúria na Jordânia e na comunidade internacional, que repudiou a brutalidade dos jihadistas. O rei da jordânia, Abdullah II, uniu-se à população e divulgou uma foto em uniforme militar, em um gesto de apoio às operações contra o EI.