Jordânia segue disposta a negociar com o Estado Islâmico

"Ainda estamos dispostos a entregar Sajida al-Rishawi em troca do retorno do nosso filho e do nosso herói", disse o porta-voz do governo

1 fev 2015 - 14h32
(atualizado às 15h01)
Safi Yousef, pai do piloto jordaniano Muath al-Kasaesbeh, faz apelo ao Estado Islâmico. 29/01/2015.
Safi Yousef, pai do piloto jordaniano Muath al-Kasaesbeh, faz apelo ao Estado Islâmico. 29/01/2015.
Foto: Muhammad Hamed / Reuters

A Jordânia disse neste domingo que ainda está disposta a trocar com o Estado Islâmico uma militante iraquiana presa pelo piloto jordaniano que foi capturado, mesmo depois de outro refém japonês ser decapitado pelo grupo extremista.

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As agências de segurança e o Exército da Jordânia checavam constantemente para descobrir se o piloto Muath al-Kasaesbeh continuava vivo, disse o porta-voz do governo Mohammad al-Momani.

Kasaesbeh foi capturado em dezembro quando o seu jato F-16 caiu em território controlado pelos militantes na Síria.

"Ainda estamos dispostos a entregar Sajida al-Rishawi em troca do retorno do nosso filho e do nosso herói", disse Momani à Reuters.

Tem havido muita pressão da opinião pública sobre a Jordânia por causa de negociações com o Estado Islâmico, um braço da Al Qaeda que conquistou territórios na Síria e no Iraque.

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EI diz ter decapitado refém japonês Kenji Goto
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Protestos eclodiram em Karak, cidade natal do piloto, que é de uma importante tribo da Jordânia que forma a espinha dorsal do apoio à monarquia Hashemita.

O governo da Jordânia também condenou a decapitação do jornalista japonês Kenji Goto, que o Estado Islâmico mostrou em um vídeo no final do sábado. Goto estava capturado junto com Kasaesbeh, mas as imagens não mencionam o cidadão jordaniano.

Um comunicado do palácio disse que o Rei Abdullah recebeu uma ligação telefônica do primeiro ministro japonês Shinzo Abe agradecendo-o pelos esforços para tentar libertar Goto "que foi morto à sangue-frio e sem nenhuma justificativa".

Desvendando o Estado Islâmico

O monarca também teria dito que esses "atos criminosos e covardes" são repudiados por todas as leis e não têm nada a ver com o Islamismo.

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O Estado Islâmico exigiu a libertação de Rishawi em troca da vida do piloto. Ela foi presa na Jordânia pelo seu papel no atentado suicida de 2005 que matou 60 pessoas na capital Amã.

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